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2015 deve bater recorde de 2014 e se tornar o ano mais quente desde 1880

As temperaturas globais em 2015 estão bastante acima das registradas no ano passado, que foi o mais quente já registrado.

Ou seja, pelo andar da carruagem, teremos um novo recorde de temperatura anual.

Os dados da Noaa, a agência americana dedicada aos oceanos e à atmosfera, mostram que, exceto se algo absolutamente inesperado ocorrer, ninguém vai tirar a “taça” das mãos de 2015.

Dos dez meses mais quentes da história, seis aconteceram em 2015: setembro (1º lugar), fevereiro (3º), março (4º), agosto (5º), junho (6º) e maio (9º lugar).

Todos os outros quatro aconteceram de 1998 para cá: janeiro de 2007 (2º), fevereiro de 1998 (7º), março de 2010 (8º) e dezembro de 2014 (10º).

Os especialistas atribuem a grande quantidade de anos quentes em sequência ao aquecimento global. Em dezembro, uma conferência internacional sobre o assunto ocorrerá em Paris. Os países buscarão um acordo para cortar as emissões de gases-estufa como o CO2, que esquentam o planeta.

Neste ano, há ainda um forte fenômeno El Niño, que se caracteriza pela elevação da temperatura do oceano Pacífico –a última vez que isso tinha acontecido foi nos anos de 1997 e 1998, o que mostra que a tendência de aumento da temperatura independe do fenômeno.

O El Niño tem consequências globais –o calor e a umidade são distribuídos pelo mundo por meio de correntes atmosféricas.

Jessica Blunden, climatóloga da Noaa, aponta que as temperaturas estão altas especialmente nos oceanos. “Você enxerga isso no Índico inteiro, em grandes partes do Atlântico, no Ártico”, afirma. “É inacreditável. Eu nunca tinha visto algo assim antes.”

A combinação entre os efeitos do El Niño e do aquecimento global está provavelmente contribuindo para o clima seco e os incêndios florestais na Indonésia, para a seca na Austrália e para os problemas nas safras de alimentos na África, incluindo uma grave crise na Etiópia.

Mais cedo neste ano, Índia e Paquistão também tiveram uma onda de calor, que deixou alguns milhares de mortos. Espera-se que, nos próximos meses, o El Niño atinja sua maior intensidade. Isso pode afetar os recifes de corais pelo mundo, que são sensíveis a alterações na temperatura da água.

“O aviso está dado”, diz Richard Seager, climatologista da Universidade Columbia, em Nova York. “O mundo teve tempo para se planejar [para as consequências do aumento na temperatura nos próximos meses].”

Medição
Desde 1976 a temperatura global está acima da média histórica do século 20. Isso significa que ninguém com menos de 36 anos conheceu um ano “frio” para os padrões dos seus pais ou avós.

Os dez anos mais quentes da história, com exceção de 1998, ocorreram depois da virada deste século.

Para calcular a temperatura do planeta inteiro, são combinados os dados da temperatura dos oceanos (que cobrem aproximadamente dois terços do planeta) com a temperatura de terra firme. São, ao todo, dados de 6.300 estações meteorológicas, inclusive em navios ou em estações de pesquisa na Antártida.

Em função das margens de erro e das oscilações pontuais nas temperaturas, os cientistas afirmam que o mais importante é analisar a tendência geral ao longo dos anos –que, globalmente, é claramente de aquecimento.

Fonte: UOL

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