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Videolocadoras improvisam novos serviços para driblar crise do setor

Campinas já teve 320 lojas cadastradas, mas conta hoje com 37 unidades. Serviços de informática e papelaria estão entre as opções do mercado

 

Com a baixa procura de locação de filmes e a ascensão da pirataria e de novas tecnologias, os franqueadores e donos de videolocadoras em Campinas (SP) buscam novas opções de serviços para garantir a sobrevivência do comércio. Sem registrar a abertura de nenhuma loja do setor nos últimos cinco anos, o sindicato da categoria que já registrou 320 videolocadoras cadastradas na cidade conta hoje com 37. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC) são 65. Assista aqui o vídeo 

 

Há 18 anos à frente de uma videolocadora na Vila Boa Vista, em Campinas, o empresário Roberto Hangai conta que foi preciso instalar outras atividades para driblar a crise no setor. “Quando veio a pirataria, muitas locadoras fecharam. Tivemos que agregar vários produtos e serviços”, conta. Na videolocadora, Hangai e a esposa, Suzy, comercializam além de filmes, itens de papelaria, informática e serviços de fotografia e lan-house.

 

Sindicato

De acordo com a presidente do Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio e Empresas de Assessoramento, Perícias, Pesquisas, Informações e Serviços Contábeis (Seaac), Elizabete Prataviera, a sobrevivência das videolocadoras depende da inovação dos serviços oferecidos. “Quem sobrevive hoje é quem se adaptou para nova realidade ou para aquelas locadoras que ficam mais afastadas do Centro”, afirma.

 

“Não vai voltar mais a época de ouro. Ter uma locadora já foi uma febre, todo mundo queria ter uma. Hoje se alguém pensar em abrir uma locadora é besteira”, lembra o empresário Roberto Hangai. Apesar de receber consumidores tradicionais, o novo formato de videolocadoras agrada também quem busca os novos serviços oferecidos. “Uso bastante a locadora, mas também uso xerox e alteração de boletos”, conta o comerciante Antenor Oliva Bernarde.

 

Redes

As redes do setor também foram afetadas pela baixa procura da locação de filmes e inovaram os serviços. O franqueado de uma rede, que tem 13 unidades de videolocadoras na região, conta que mudou o conceito das lojas. “Não é mais só uma locadora, é um conceito de magazine de entretenimento. Além do filme, tem presentes, brinquedos e itens de serviço”, diz o franqueador Itiel Nascimento.

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