Brasil entra na campanha nacional de doação de sangue
O Ministério da Saúde inicia nesta quinta-feira, dia 26, a campanha nacional de doação de sangue 2015. Com o slogan “Doar sangue é compartilhar vida”, a campanha terá material veiculado em emissoras de rádio e televisão e nas redes sociais.
No Brasil, pessoas entre 18 e 60 anos que tiverem mais de 50 quilos e estiverem em bom estado de saúde podem doar sangue. O candidato deve estar descansado, não pode ter ingerido bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação, não pode fumar e nem estar em jejum. É imprescindível levar documento de identidade com foto.
Também podem ser aceitos candidatos à doação de sangue com idade entre 16 e 17 anos, com o consentimento formal do responsável legal, e pessoas de 60 a 69 anos, se já tiverem doado antes dos 60. Quem teve diagnóstico de hepatite após os 11 anos de idade, mulheres grávidas ou amamentando não podem doar sangue.
Em 2014, cerca de 1 milhão de pessoas doaram sangue pela primeira vez
Em 2013 e 2014, houve aumento de 5% nas coletas de bolsa de sangue no país, passando de 3,5 milhões para 3,7 milhões. Enquanto isso, as transfusões de sangue aumentaram 6,9%, passando de 3 milhões de procedimentos em 2013 para 3,3 milhões no ano passado.
No Brasil, a doação é voluntária e beneficia qualquer pessoa independentemente de parentesco com o doador. O sangue doado é essencial para os atendimentos de urgência, para a execução de cirurgias eletivas de grande porte e para o tratamento de pessoas com doenças crônicas, como falciforme e talassemia, e também para o tratamento de doenças oncológicas variadas que necessitam de transfusão frequentemente.
Brasileiro doa proporcionalmente menos que outros países vizinhos
Apesar da fama de solidário, o brasileiro doa menos sangue que os vizinhos latino-americanos. Dados da ONU apontam que o país, apesar de coletar o maior volume em termos absolutos na América Latina, doa proporcionalmente menos do que outros países da região, como Argentina, Uruguai ou Cuba.
Outra particularidade revelada no estuado sobre doação de sangue no Brasil é que seis em cada dez doadores (59,52%) são voluntários (ou espontâneos, aqueles que doam com frequência sem se importar com quem vai receber o sangue), proporção inferior à de Cuba (100% são voluntários), Nicarágua (100%), Colômbia (84,38%) e Costa Rica (65,74%).
O restante (40,48%) é formado por doadores de reposição, ou seja, aqueles que doam por razões pessoais (quando um amigo ou parente precisa de sangue). Especialistas da área dizem preferir os doadores voluntários aos de reposição pois conseguem ter maior controle sobre a procedência e qualidade do sangue.
Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, foram coletadas 3,7 milhões de bolsas de sangue, 200 mil a mais do que em 2013 ─ uma alta de 4,55%. Já as transfusões cresceram 6,8% no período (3,3 milhões em 2014 contra 3 milhões em 2013).
Ainda assim, em termos gerais, somente 1,8% da população brasileira entre 16 e 69 anos doam sangue ─ a ONU considera “ideal” uma taxa entre 3% a 5%.
Requisitos para doar sangue
Estar em boas condições de saúde e descanso;
Ter entre 16 e 69 anos (menores, a partir dos 16 anos podem doar acompanhados de um dos pais ou responsável legal; maiores de 65 anos só podem doar se já doaram antes dos 60 anos);
Pesar no mínimo 50 kg;
Estar alimentado (evite ingerir alimentos gordurosos);
Apresentar documento oficial de identidade com foto;
Não ter tido hepatite após os 10 anos de idade;
Não estar utilizando medicamentos;
Não estar resfriado ou com gripe;
Não ter tido doença de Chagas, Sífilis, Malária ou ser soropositivo de AIDS;
Não ter feito tatuagem ou colocado piercing nos últimos 12 meses;
Não estar grávida ou amamentando.
Fonte: Vermelho/com Agência Brasil e BBC Brasil