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‘É preciso enfrentar a misoginia’, diz presidente da Caixa demitida

Em uma carta de despedida aos funcionários da Caixa, a presidente Rita Serrano, que foi comunicada da demissão esta semana, afirmou que é difícil ser mulher em espaços de poder e que “é preciso enfrentar a misoginia”.

O que ela disse
Rita Serrano, presidente da Caixa Econômica Federal, defendeu seu legado no banco e afirmou que “ser mulher em espaços de poder é sempre desafiador”. Rita foi comunicada da demissão ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que decidiu acomodar um aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) no cargo.

“Não foi fácil ver meu nome exposto durante meses à fio na imprensa. Espero deixar como legado a mensagem de que é preciso enfrentar a misoginia”, Rita Serrano, presidente demitida da Caixa.

Este foi seu primeiro pronunciamento após o anúncio. Rita publicou em seu site um longo texto de despedida no qual ressalta o que atingiu à frente do banco estatal ao longo dos 10 meses em que esteve no comando. Para ela, durante sua gestão a Caixa viveu “um de seus melhores momentos”.

O estopim para sua demissão foi o patrocínio da Caixa a uma exposição em que uma foto do presidente da Câmara aparecia em uma lata de lixo. Além disso, ela vinha sofrendo desgaste junto ao governo e ao mundo político desde o primeiro semestre, e seu cargo já vinha sendo negociado entre Lula e Lira desde julho.

Mesmo assim, ela agradeceu a Lula pela confiança depositada nela. “Presidente, para mim, foi uma honra ter participado do seu governo”, escreveu no texto que foi compartilhado nas redes sociais.

Rita Serrano também informou que nos próximos dias dará início ao período de transição e desejou sorte ao novo presidente, o economista e funcionário de carreira Carlos Antônio Vieira Fernandes, indicado por Lira.

A presidente é funcionária de carreira da Caixa desde 1989 e disse que agora voltará a ser bancária.

Fonte: UOL