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Em CPI, presidente da Sabesp admite falta de água em São Paulo

Três dias após a reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Dilma Pena, admitiu “falta de água pontual” à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Municipal de São Paulo na manhã desta quarta-feira, dia 8. A comissão investiga queixas de falta de água na capital paulista.

“Não existe racionamento. Existe, sim, falta de água pontual em áreas muito altas, muito longe dos reservatórios setoriais que distribuem água e em residências que moram muitas pessoas que têm reservação muito pequena. Nessas situações sim, tem falta de água”, declarou Pena.

Ela usou o conceito técnico para justificar que não há racionamento: “O racionamento é efetivo quando se despressuriza 100% das redes da cidade, com uma área da cidade ficando sem água efetivamente. Isso não acontece no Estado de São Paulo. Toda a área atendida pela Sabesp está com as redes pressurizadas”, garantiu.

Dilma Pena só atendeu à convocação da CPI após as eleições. Ela foi convidada a prestar esclarecimentos à comissão no dia 17 de setembro e não compareceu alegando “questões pessoais”. Ela também não foi à reunião marcada para o dia 24 do mesmo mês, mesmo tendo sido intimada. Em ofício enviado à CPI, a dirigente disse ter sido submetida a um procedimento cirúrgico na laringe e ficaria de licença médica até 5 de outubro, dia da eleição.

CPI da Sabesp
A CPI investiga o contrato de prestação de serviço para fornecimento de água entre a Prefeitura de São Paulo e a Sabesp.

Pesquisa do Ibope divulgada no começo de setembro revelou que 38% da população de São Paulo diz ter sofrido com a falta de água em suas casas nos últimos três meses. O percentual chega a 50% na capital paulista.

Raio-x dos sistemas
“Não há racionamento de água no Estado de São Paulo. Todas as redes estão pressurizadas em tempo integral, e estamos fazendo um trabalho de atendimento a eventuais reclamações. Todas as reclamações estão sendo atendidas in loco”, disse esta manhã.

Evento extremo
A presidente da Sabesp culpou o clima pela crise atual de falta de água. “É um evento extremo, sem precedentes na história das medições meteorológicas”, classificou.

Segundo ela, entre janeiro e setembro, a entrada de água no sistema Cantareira foi 25% da média histórica e 58% da afluência mínima. “É uma situação que merece nossa atenção, nosso esforço e nossa cooperação”, falou.

Respondendo a críticas sobre a forma como a empresa tem administrado a crise, Dilma Pena foi enfática ao dizer que “o corpo gerencial da Sabesp sempre atuou com extrema responsabilidade, sobretudo neste ano”.

Ela destacou os resultados da política de bônus que a companhia implantou em 1º de fevereiro. O desconto de 30% é para quem consegue diminuir o consumo em 20%.

Segundo ela, em setembro, 76% da população da Grande São Paulo economizaram água e 51% conseguiram o bônus.”Isso significa uma economia de 3,6m³ de água por segundo. Um metro cúbico de água por segundo é suficiente para atender 300 mil a 400 mil pessoas”, detalhou.

Fonte: UOL

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