Estado de São Paulo concentra 33% dos acidentes de trabalho do país. E a capital, 25%
Acidentes de trabalho aumentaram no país em 2022. Estado teve 204 mil, e quase 600 mortes. Mais de 51 mil acidentes foram na capital
Estado mais populoso e com maior concentração da mão de obra, São Paulo também lidera indicadores de acidentes de trabalho e mortes em 2022. De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), há registros de 204.200 acidentes, com 592 mortes no mercado formal. Este último número difere ligeiramente do Radar, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que aponta 558 óbitos.
Assim, os acidentes no estado representam 33,3% do total do Brasil – 612.920. Morreram 2.538 trabalhadores.
Além disso, apenas o município de São Paulo concentrou 25% (51.200) dos acidentes de trabalho no país em 2022, com 135 mortes. Segundo os dados do Observatório, o número de acidentes cresceu 15% em relação a 2021. Já o total de mortes aumentou 30%.
Setores com mais notificação
“O setor econômico com mais notificações no estado foram as atividades de atendimento hospitalar, com 18,3 mil notificações de acidentes em 2022”, informa o MPT. “Em seguida, vêm o comércio varejista, com 6.141, e o setor de transporte rodoviário de carga, com 4.829. Cortes, lacerações, feridas e puncturas, contusões e fraturas correspondem a 34% dos casos no estado, enquanto esmagamentos são 11%.”
O MPT em São Paulo vai realizar audiência pública no próximo dia 24, sobre subnotificação de acidentes no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os dados que abastecem o Sinan, que incluem trabalho sem carteira assinada, são do Ministério da Saúde.
O 28 de abril é o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e também Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Segundo os dados do MTE, praticamente todos os acidentes de 2022 tiveram tratamento acima de 15 dias, o que leva ao afastamento do trabalhador.
Fonte: Rede Brasil Atual