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Greve Já

Lotéricos fazem proposta indecente aos trabalhadores

Os donos de casas lotéricas tiveram a cara de pau de apresentar proposta ridícula para renovação da Convenção Coletiva dos trabalhadores e nem ao menos citaram qualquer coisa sobre nossa reivindicação da gratificação de caixa (quebra de caixa).

 

– REAJUSTE SALARIAL: 6,30% (nossa reivindicação é de 10%);
– PISO SALARIAL: R$ 622,39 (o pedido é de R$ 1.000,00);
– VALE REFEIÇÃO: R$ 9,10 por dia (pedido é de R$ 18,00/dia).

 

Está na hora de dizer NÃO e deixar o empresário lotérico SOZINHO para ver o que é bom. Chega de tanta exploração, vamos PARAR as lotéricas!

 

Este ano o ‘bicho’ vai pegar!
Os patrões das casas lotéricas, que dominam o sindicato das empresas de Comissários e Consignatários, entre elas as loterias, alugadoras de trajes, equipamentos para construções e bens móveis, receberam nossa pauta de reivindicações há mais de dois meses e fazem ‘corpo mole’ para negociar. Ao sentar para conversar, apresentam a mesma ladainha, dizendo que nada podem conceder aos empregados porque estão tolhidos e acuados pelas normativas da Caixa Econômica Federal.

 

Na verdade, esses senhores ‘choram de barriga cheia’ porque ao mesmo tempo que dizem sobre as loterias não darem lucro, o valor de venda e compra desses estabelecimentos aumenta cada dia mais, seguindo a lógica do comércio, de que atividade lucrativa tem sempre a mesma proporção de elevação do preço do estabelecimento.

 

Todo ano eles utilizam a mesma conversa mole, alegando que estão sufocados pelos baixos valores que a CEF os paga de comissões e tarifas de cobranças.

 

O problema é deles, pois ninguém é obrigado a ser empresário lotérico e quem o é, que assuma os riscos de sua atividade. Não são os trabalhadores que devem arcar com o sacrifício imposto pela relação conflituosa desses senhores com a Caixa Econômica Federal.

 

E tem mais: esses senhores esquecem que o sindicato patronal SINCOESP não representa apenas as casas lotéricas, mas tantas outras empresas do segmento de aluguel de bens móveis, cujos empregados não tem nada a ver com as pendengas deles com o banco estatal. Por isso se prepare, esse ano o bicho vai pegar. Prepare-se para a greve, vamos cruzar os braços.

Só o piso
O piso salarial é o menor valor que o empregado de uma categoria pode receber. Acontece que os patrões das Lotéricas querem pagar o valor que corresponde ao piso do sub solo, o piso do porão. Temos que dar um basta a tanta exploração! Aceitar um salário indecente e imoral é nos desvalorizar e permitir que tripudiem sobre a classe trabalhadora.

 

Todos nós somos legitimados para lutar por um trabalho decente. É bom lembrar que este ano teremos a I Conferência de Trabalho Decente no Brasil, e isso terá importância na medida que os sindicatos discutirão o assunto com toda a sociedade organizada, para de fato conseguir cumprir uma política de Estado sobre o Trabalho Decente, já assinada com a OIT (Organização Internacional do Trabalho).

 

Uma situação emblemática do trabalho indecente são as Casas Lotéricas, desde as condições físicas dos prédios, que levam os trabalhadores ao adoecimento, até consequências que englobam questões psicológicas, níveis de pressão que sofre o trabalhador para produzir mais, carga excessiva de trabalho, demanda acima do suportável, especificidade do trabalho (trabalham com numerários, mas não são remunerados para isso, pois são contratadas como atendentes), assédio moral, entre tantos outros.Por tudo isso, chegou a hora de arregaçar as mangas e dizer um NÃO bem alto aos patrões.

 

Greve
São Paulo apresenta a menor ‘quebra de caixa’ do País
Os lotéricos de São Paulo se negam, veementemente, a discutir essa questão, mantendo a cláusula com um valor vergonhoso, que corresponde a 2,5% do salário: ‘ridículos’ R$ 14,50, atualmente.

 

No Estado de Rondônia, os empregados recebem 12% de quebra de caixa, com redação normativa que veda o desconto de cheques sem fundo e normas de conferência do caixa.

 

No Distrito Federal, os empregados recebem 15% de quebra de caixa, com redação que garante o desconto de diferença de caixa até o limite mensal do que o próprio operador recebe de quebra de caixa.

 

No Estado de Goiás, os empregados recebem valor fixo de R$ 135,00 de quebra de caixa até junho, 25% do piso de 2010, que será reajustado em 1º de julho, data base deles.

 

No Rio de Janeiro, a data base é igual a de São Paulo, e até agora eles não fecharam São Paulo apresenta a menor ‘quebra de caixa’ do País a Convenção Coletiva. Mas, no ano passado, os empregados tinham um quebra de caixa de R$ 52,00, sendo que a redação permite o não pagamento deste valor, desde que a lotérica não efetue nenhum desconto de diferença de caixa, qualquer que seja o valor.

 

No Piauí, a quebra de caixa é de 10% do salário. No entanto, se o operador tiver registro de sobra de caixa acumulado, qualquer diferença que ocorrer posteriormente, será abatido do total da sobra.

 

Nos estados do Ceará, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, a quebra de caixa é de 10%, sendo garantida na redação a vedação do desconto de cheques, desde que observadas as regras da Caixa.

 

No Paraná, o empregado tem uma tolerância de isenção de pagamento de diferença de caixa de até 10% do piso e um caixa central na lotérica que acumula
todas as sobras. Caso as diferenças de um caixa no mês ultrapassem os 10%, esse excedente será abatido pelo que tiver de sobra no caixa central. Se ainda assim ficar excedente, essa será descontada no seu holerite em parcelas mensais.

 

Nos demais estados do Brasil a regra é a quebra de caixa de no mínimo 10%, exceto em São Paulo, onde as casas lotéricas são mais lucrativas e a quebra é de 2,5%.

 

Não dá mais para engolir uma PALHAÇADA dessas. Se prepare para a GREVE!

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