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Maioria de resgatados de trabalho escravo estava em áreas urbanas

De 1.010 trabalhadores encontrados em situação análoga à de escravidão no ano passado, 61% estavam em regiões urbanas, situação semelhante à de 2014. Doze tinham menos de 12 anos, e 65 eram migrantes

As operações dos grupos de fiscalização em 2015 resgataram 1.010 trabalhadores em condições análogas às de escravidão, segundo balanço divulgado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social nesta quarta-feira, dia 27, véspera do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Em 2014, foram 1.590.

Foram 140 operações no ano passado, e os trabalhadores resgatados estavam em 90 dos 257 estabelecimentos fiscalizados. A maioria (61%) estava em áreas urbanas – 607 trabalhadores em 85 ações –, mantendo comportamento já verificado no ano anterior. Na área rural, foram encontradas 403 pessoas, em 55 operações.

Mais de 30% (ou 31,05%) dos trabalhadores estavam no setor de extração de minérios: foram 313 pessoas em “extração e britamento de pedras, extração de minério de ferro e extração de minérios de metais preciosos”, de acordo com o ministério. Outros 187 (18,55% do total) eram da construção civil. Os setores de agricultura e pecuária aparecem com 15,18% e 14,29%, respectivamente.

O maior número de trabalhadores resgatados estava em Minas Gerais: 432 (43%). Em seguida, vêm Maranhão, com 107 (11%), Rio de Janeiro, com 87 (9%), Ceará, com 70 (7%) e São Paulo, com 66 (6%).

Ainda conforme o levantamento, 12 trabalhadores resgatados tinham menos de 16 anos, e 28 estavam na faixa entre 16 e 18 anos. Outros 65 eram imigrantes, incluindo bolivianos, chineses, haitianos e peruanos.

Desde 1995, quando começaram as atividades dos grupos móveis de fiscalização, já foram resgatados quase 50 mil trabalhadores.

Várias atividades estão programadas para esta quinta-feira (28), para lembrar o dia de combate ao trabalho escravo e também para homenagear os quatro servidores do Ministério do Trabalho mortos durante uma fiscalização em Unaí (MG). Em São Paulo, a campanha de combate será lançada em ato a partir das 14h. Está prevista conferência do ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2014, o indiano Kailash Satyarthi.

Em Brasília, o Sinait, sindicato dos auditores-fiscais, promove ato público diante do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), às 9h. Em 2 de fevereiro, a Comissão de Direitos Humanos do Senado promove audiência pública, no mesmo horário. E para o dia 3 está programado um ato, às 14h, no auditório do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Fonte: Rede Brasil Atual

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