Para o Brasil avançar, sindicalistas declaram apoio à Dilma
Sindicalistas de seis importantes centrais sindicais do Brasil selaram, na noite desta quinta-feira, dia 7, apoio à candidatura de Dilma Rousseff, em um ato promovido no Ginásio da Portuguesa, em São Paulo.
Ao lado do ex-presidente Lula e do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, os presidentes da CTB, CUT, UGT, NCTS, CSB e o secretário-geral da Força Sindical reafirmaram, para a plateia lotada por milhares de trabalhadores e trabalhadoras de diversos estados, a disposição de luta em defesa da reeleição da presidente da Dilma, que representa o avanço para o país.
“Se depender dessa bancada não vamos permitir o retrocesso no Brasil. A Petrobras de antes era marcada por acidentes, e a Petrobras de hoje é a do Pré-sal e da Bacia de Búzios, e que vai destinar mais de R$ 300 milhões para a geração de emprego e investimentos no país. Não queremos retorno ao passado do reajuste salarial congelado e da negociação com os trabalhadores tratados na base da borrachada da Polícia Militar e da Tropa de Choque. Não temos dúvida de que estamos no caminho correto com a presidenta Dilma”, declarou Adilson Araújo.
O sindicalista completou lembrando que as medidas acertadas tomadas pelo governo foram fundamentais para manter o país no eixo. “Queremos continuar avançando, com esse governo permitiu que os trabalhadores conquistassem além do aumento real de salários, uma estabilidade no emprego. Enquanto o mundo se acabava em crise, o Brasil gerava emprego. Por isso os trabalhadores estão com Dilma”, declarou Adilson Araújo, presidente da CTB.
Posição reforçada por Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, que dividiu o microfone com Adilson Araújo para representar as mulheres cetebistas. “Precisamos reconhecer o avanço que conquistamos nos últimos anos, a exemplo das trabalhadoras domésticas que não precisam mais trocar seu trabalho por um lugar para dormir, porque o programa minha casa minha vida já garantiu sua moradia. As diaristas não precisam mais trocar sua mão de obra por um prato de comida porque agora temos bolsa família. Agora ela coloca o preço no seu trabalho. Por isso, nós, mulheres, somos Dilma Rousseff”, afirmou Ivânia.
Em seu discurso, ex-presidente Lula concordou que nos governos anteriores, os trabalhadores não eram tratados com decência e dignidade. “O futuro deste país começou em outubro de 2002, quando os trabalhadores tomaram consciência e o seu destino nas próprias mãos. O futuro chegou quando a gente vê o filho de uma empregada doméstica estudando engenharia e o filho de um pedreiro estudando medicina. Para eles (os adversários) o futuro é abstrato.
Mas o futuro é o povo construindo junto uma nova realidade para este país”, disse Lula. Que completou: “O futuro chegou quando a gente teve a coragem de quebrar os preconceitos e eleger a primeira mulher presidenta. Enquanto os adversários prometem um futuro que nem sabem o que é, nós temos orgulho de dizer que o futuro é a reeleição da Dilma”.
Também subiram ao palco para levar apoio à candidatura de Dilma os dirigentes da CTB Raimunda Gomes, secretária de Imprensa e Comunicação; Mônica Custódio, secretária de Promoção da Iguadade Racial; Onofre Gonçalves presidente da Estadual São Paulo; e Marcelino Rocha, presidente da Estadual Minas Gerais.
Futuro
A presidenta agradeceu o apoio e parabenizou os trabalhadores pela coesão. “Vocês estão dando uma lição de unidade, consciência, patriotismo e noção do que está em jogo: avançar em direção ao futuro ou retroceder. Vamos dizer sim para o emprego, sim para o salário valorizado e sim para o país que cresce. E com a força do povo, nós vamos vencer de novo”, ressaltou Dilma.
Dilma afirmou que a eleição é “um momento especial” para o País e que “mais uma vez no Brasil projetos diferentes se confrontam”. “Eu represento um projeto, que nós todos ajudamos a eleger, é um projeto especial que deu ao Brasil presente e futuro”, afirmou.
Segundo a presidenta, o projeto de governo implantado desde a eleição do ex-presidente Lula, mostrou que era possível garantir a estabilidade do País e “distribuir riqueza e incluir socialmente nossa população”. “Isso nós mostramos na prática, nós fizemos isso sistematicamente”, afirmou ao completar: “Garantimos que o Brasil não ia jogar os problemas econômicos nas costas dos trabalhadores. Nós voltamos a olhar todos os trabalhadores, a classe média brasileira, e vimos a importância de fazer o Brasil do tamanho dos seus, de garantir que todos os brasileiros tivessem emprego e salário decente”.
A presidenta ainda citou o mote de campanha de Lula, em 2002 –“a esperança vai vencer o medo” –e indicou o da disputa de agora: “A verdade vai vencer o pessimismo, a falsidade e a desinformação. Lembro a vocês que diziam que até a véspera da Copa, diziam que ela seria um fracasso. Da mesma forma que fomos capazes, faremos juntos outra vez”, concluiu.
Compromisso
Ao final do ato, Dilma recebeu das mãos dos sindicalistas o Manifesto de Apoio, com cobranças acerca das propostas contidas na Agenda da Classe Trabalhadora. O documento de três páginas, assinado pelos presidentes das centrais, diz que não é hora de “apostar ou promover incertezas”.
Segundo o texto, falar em choque de gestão, como diz a “oposição conservadora”, é a “amarga lembrança” do arrocho salarial e de uma política de austeridade fiscal que assolara a classe trabalhadora tanto na época da ditadura civil-militar quanto nas “décadas perdidas para a hegemonia do neoliberalismo”. Além disso, tais medidas, segundo os sindicalistas, não correspondem ao compromisso com a chamada pauta sindical.
No texto, os sindicalistas pedem um debate amplo sobre uma série de questões que já haviam sido apresentadas antes da campanha pela reeleição de Dilma, como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas, e a revogação do debate sobre o Projeto de Lei 4.330, de 2004, sobre a terceirização.
Desta vez, porém, os dirigentes cobram de Dilma um compromisso de que haverá um processo permanente de diálogo. Uma das principais críticas das entidades de representação dos trabalhadores diz respeito à dificuldade de negociação durante o governo da presidenta, em comparação com a gestão de Lula. “Ao apoiar a reeleição da presidenta, estamos certos de que a negociação destes e de outros temas importantes para os trabalhadores serão melhor acolhidos e terão maior possibilidade de negociação com o governo federal.”
Fonte: Portal CTB