Pauta Feminina
Líderes femininas dos SEAACs e da FEAAC participaram de plenária estadual da Força Sindical
Reunião preparatória para a participação das mulheres nos eventos da Central abordou a exigência da cota de 30%. Veja o informativo preparado pela Secretaria de Mulher da Força
Na segunda-feira, dia 20, as dirigentes dos SEAACs de Americana, Campinas e da FEAAC participaram da plenária estadual de São Paulo, organizada pela Força Sindical. O encontro teve como objetivo preparar a participação das mulheres nos próximos eventos da Central Sindical como a Plenária Nacional de Mulheres, no dia 24 de julho, e o 7º Congresso Nacional da Força Sindical, que será realizado nos dias 24 e 26 de julho. Além disso, as líderes sindicais exigiram o cumprimento da cota de 30% para as mulheres nos cargos de direção. A reunião ocorreu no Sindicato da Saúde, localizado na rua Tamandaré, Liberdade, em São Paulo.
Participaram do evento as diretoras do SEAAC de Campinas, Luciana P. Franco e Elizabete Prataviera, que é diretora da Secretaria de Assuntos da Mulher, Criança e do Adolescente da FEAAC, e a diretora secretária do SEAAC de Americana, Antonia Vicente Gomes. A presidenta do SEAAC de Americana e Região, Helena Ribeiro da Silva, também diretora da Secretaria Geral da FEAAC, compôs a mesa de abertura ao lado de outras importantes dirigentes, e aproveitou para destacar a importância da Federação e dos SEAACs dentro da Central Sindical e o avanço em termos da cota de 30%.
“Atualmente, temos nos sindicatos uma quantidade expressiva de mulheres. E dentro de nossa Federação a cota ultrapassa a taxa de 50%, em vista do trabalho da Secretaria de Assuntos da Mulher, Criança e do Adolescente, que existe há mais de 16 anos na FEAAC”, destacou Helena, afirmando que a FEAAC foi pioneira na criação de uma secretaria voltada para assuntos da mulher.
A representante da FEAAC lembrou ainda da importância do papel dos homens nesta luta das mulheres, dando destaque aos dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC), Levi Fernandes, Lourival Figueiredo Melo e Luiz Carlos Motta, pela criação da Coordenadoria da Mulher. “Temos que agradecê-los pela oportunidade, pois esta era uma reivindicação de mais de 60 anos das trabalhadoras do Comércio e Serviços. Dentro desta proposta a Confederação abre espaço para tratarmos de políticas públicas para as mulheres a nível nacional”, concluiu Helena.
Sobre a plenária, a dirigente da cidade de Americana acredita que a plenária permite reunir mulheres de todo o Estado de São Paulo em busca de um objetivo maior, que é buscar o preenchimento das cotas, não apenas nas estâncias da Central, mas também nas entidades sindicais. “Para ver suas reivindicações atendidas, as mulheres precisam enfrentar uma batalha árdua, mas gratificante.”
Para a diretora da Secretaria da Mulher, Criança e do Adolescente daFEAAC e presidente do SEAAC Campinas, Elizabete Prataviera, a plenária é de extrema importância para as sindicalistas, uma vez que serve como momento de a Força Sindical ouvir as reivindicações. “É de grande relevância para todas nós. Além de trabalhadoras somos mães, esposas, cuidadoras, e cabe a nós mulheres buscarmos melhores condições de trabalho, de renda e de leis que nos beneficiem e as nossas famílias”, comentou Elizabete.
“Precisamos, urgentemente, que seja ampliado no setor privado a licença maternidade para 180 dias; exigir do governo municipal um maior número de creches, e das empresas um maior reconhecimento profissional, pois apesar de estarmos na frente, ou seja, de estudarmos mais do que os homens, as pesquisas mostram que ainda ganhamos bem menos do que eles, situação esta que precisa ser mudada e isso só muda com a luta das mulheres”, detalhou a dirigente, se baseando no relatório apresentado durante o evento pela técnica do Dieese, Camila Ikuta.
Segundo o Levantamento sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho – avanços, desafios e oportunidades, as mulheres representam 50% da população economicamente ativa, têm maior nível de escolaridade que os homens, sofrem mais com o desemprego, ganham menos e trabalham mais.
Ainda segundo o estudo, as mulheres ocupam mais postos de trabalho nas áreas do comércio, educação, saúde e serviços sociais, além de serviços domésticos, mas agora estão mais presentes também em profissões que antes eram somente de homens. Quanto ao rendimento, em São Paulo as mulheres ganham 68% do que recebem os homens e, em Porto Alegre, 75%. A jornada de trabalho da mulher (dupla jornada, ou seja, incluindo o trabalho em casa) é de 58 horas e do homem 52 horas. Sobre as cláusulas negociadas nas negociações coletivas 50% são sobre maternidade e paternidade e 17% sobre gestação, entre outros.
Também compuseram a mesa a secretária de Políticas para Mulheres da Central, Maria Auxiliadora dos Santos, Neuza Barbosa, diretora da Fetiasp e ex-secretária da Mulher da Central, Maria Augusta Marques, a Lia, presidente do Sindicato dos Comerciários de Votuporanga e secretaria da mulher da Central no estado de São Paulo, Helena Henrique Guilherme Alves, secretaria de Relações Internacionais da Fetercesp (Refeições Coletivas), Santa Regina Pessoti Zagrete, presidente do Sindicato dos Comerciários de Ribeirão Preto e Maria de Fátima de Souza Neves, diretora de assuntos jurídicos do Sindicato da Saúde, que cedeu o auditório para a plenária. A apresentação do evento ficou a cargo de Valclecia Trindade, 2ª secretaria da Central.
Pela direção nacional da Força Sindical compareceram Joã
;o Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da entidade, Sergio Luiz Leite, Serginho, 1º secretário da Central, Edson Bicalho, que representou a Força Sindical SP, e o secretário-geral do Sindicato da Saúde de SP, Joaquim José da Silva.