Representantes do SEAAC e da FEAAC participam do V Congresso Internacional de Direito Sindical
Terminou no dia 28, o V Congresso Internacional de Direito Sindical, em Fortaleza, com a participação de diversos sindicatos e federações sindicais. Diretores do SEAAC Campinas e Região, participaram do Congresso aolado da FEAAC.
Na abertura, o coordenador científico do evento e procurador regional do trabalho, Francisco Gérson Marques de Lima, saudou e convidou a todos a participarem das manifestações marcadas para sexta-feira, 28 de abril, contra as reformas da previdência e trabalhista.
Elencou os direitos trabalhistas perdidos com as duas reformas e criticou os poderes executivo e legislativo por não defenderem os trabalhadores.
Sobre os sindicatos, comentou sobre o possível cenário caso as reformas sejam aprovadas e reafirmou que será muito difícil para todos os sindicatos sobreviver sem o custeio e disse que será extremamente necessário saber negociar para exercer seu trabalho em defesa dos trabalhadores.
Representantes das centrais sindicais do Ceará fizeram seus pronunciamentos de boas vindas e citaram que a reforma trabalhista nada mais é que a desconstrução do direito do trabalho para piorar as condições dos trabalhadores.
Tendo em vista as manifestações do dia 28 de abril a Mesa Redonda: Reforma Trabalhista: opiniões e posições sindicais foi antecipada para que todos os presentes do Congresso possam participarem das manifestações em suas cidades.
Na abertura da mesa Miguel Torres, diretor da Força Sindical, informou que tudo o que esta acontecendo na política brasileira já estava programado, e o que o governo quer fazer é retroceder 100 anos de direitos trabalhistas. Afirmou ainda, que o principal trabalho do sindicato é garantir os direitos trabalhistas.
O secretário geral da UGT, Canindé Pegado, apresentou os motivos da situação atual da economia brasileira, desde a crise econômica dos últimos anos, com o acordo do governo e empresas da renúncia dos impostos vindos das empresas em troca da manutenção dos empregos. O fato é que essa renúncia somam mais de R$ 458 bilhões, e que o resultado dessa ação levou hoje a um corte no trabalho que já soma mais de 13 milhões de desempregados no país. O diretor da NCST, Geraldo Gonçalves, afirmou que do jeito que esta colocada a reforma trabalhista, “todo o trabalho será trocado por serviço, e quem pagará a conta será nossos filhos e netos”.
No fechamento da mesa, Luciano Simplício da CTB, disse que o governo esta tratando os direitos trabalhistas como lixo, e não aceitam perder a votação e usam a política somente a seu favor e interesses.
No fechamento do dia, o constitucionalista e ex-juiz do trabalho Ivo Dantas Cavalcanti, falou que o grande problema no Brasil é que não houve uma renovação política. A política não tem uma ideologia, pois desvirtuaram a constituição de 1988 com emendas que desconfiguraram quaisquer ideologias. Desta forma os representantes da política nacional agem de acordo com interesses pontuais e econômicos.
Fonte: FEAAC