Senador alerta para aumento da intolerância e do preconceito
Indicado pelo PT para presidir a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado — cargo que já ocupou nos biênios 2007-2008 e 2011-2012 — o senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que o mundo vive um cenário de agravamento das violações dos direitos humanos. De acordo com o senador, a intolerância e o ódio às diferenças marcaram o ano de 2014.
Em discurso no plenário do Senado, Paim pediu o julgamento dos mandantes do assassinato dos fiscais que atuavam no combate ao trabalho escravo. Em discurso no plenário do Senado, Paim pediu o julgamento dos mandantes do assassinato dos fiscais que atuavam no combate ao trabalho escravo. Segundo Paim, no Brasil, em especial, foram revelados rancores até então imprevistos, inclusive durante os debates eleitorais.
“Não faltaram doses significativas de preconceito, racismo, sexismo, xenofobia, homofobia, bairrismo e o mais tacanho elitismo”, disse o senador, referindo-se a manifestações de alguns candidatos e a debates nas redes sociais.
Paim destacou importantes iniciativas que o Senado tomou para ajudar a combater casos de violações de direitos humanos. Ele citou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as razões da violência a que estão submetidos os jovens negros. E a promulgação da Emenda Constitucional que prevê a expropriação de imóveis rurais ou urbanos em que se verifique a prática de trabalho escravo.
Chacina de Unaí
Em discurso no plenário do Senado, Paim reforçou o pedido feito pelo Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho para que o Supremo Tribunal Federal (STF) defina o fórum de julgamento dos acusados da chacina de Unaí. O assassinato de quatro servidores numa emboscada, enquanto atuavam no combate ao trabalho escravo, completou 11 anos em janeiro e segue sem punição aos mandantes.
Além de pedir que o STF retome o julgamento dos recursos dos mandantes do crime – os irmãos Antério e Norberto Mânica – e que o julgamento seja realizado em Belo Horizonte e não em Unaí como pretendem os mandantes do crime, o senador defendeu o fortalecimento da fiscalização do trabalho escravo e a manutenção da lista suja – bandeiras defendidas pelo sindicato nacional e os fiscais do trabalho.
Fonte: Vermelho/com Agência Senado