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Setembro Amarelo: por que a população negra corre maior risco de suicídio

Com a chegada do Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao suicídio, o psicólogo Bruno Mota afirma que esta não só é uma questão de saúde pública, como também é algo que afeta com mais intensidade a população negra devido a problemas históricos.

Segundo pesquisa do Ministério da Saúde e da Universidade de Brasília divulgada em 2018, o risco de suicídio entre a população negra foi 45% maior que em relação à branca no período de 2012 a 2016. Para o psicólogo, esses números são um reflexo do racismo no país, cujos efeitos moldam a forma como as pessoas negras se enxergam e são vistas na sociedade.

“A população negra vive uma espécie de estresse pós-traumático contínuo. Cada experiência de discriminação vai ativar esse estilhaço traumático e causar adoecimentos. Além disso, a maneira como o Estado e a mídia colocam as juventudes negras como potenciais criminosos sustenta um imaginário prejudicial à saúde”, Bruno Mota, psicólogo.

Outros fatores também merecem atenção para refletir como a realidade da população negra no Brasil afeta a saúde mental dessas pessoas. Entre eles:

  • A diferença salarial entre negros e brancos
  • A insegurança alimentar que acomete principalmente os lares chefiados por mulheres negras.
  • A violência policial, que produz vítimas, das quais negros são oito a cada 10 mortos.
  • A violência doméstica, que atinge as mulheres negras.

Desta forma, segundo Mota, para superar os dados de suicídio, é preciso criar estratégias “multi setoriais, envolvendo os campos psicológico, cultural, socioambiental e econômico para garantir a manutenção da saúde dos jovens pretos”.

Centro de Valorização da Vida

Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.

IMPERADOR … Dos campinhos da Vila Cruzeiro, no bairro da Penha (RJ), para um grande império, a vida de Adriano acaba de ganhar um documentário.

CIDADE DE DEUS... O filme que revolucionou o cinema nacional completou 20 anos essa semana. Uma das razões do sucesso é o elenco formado por nomes como Alexandre Rodrigues, Jonathan Haagensen, Douglas Silva e Seu Jorge.

MARTE UM… A realidade negra também é relatada no novo filme do cineasta Gabriel Martins, que reconstrói o ambiente familiar periférico da região metropolitana de Belo Horizonte.

RACISMO I… O coração de D. Pedro I veio ao Brasil na última semana pela comemoração dos 200 anos de Independência. Um fato curioso é que, por trás da saúde do imperador, houve um médico negro chamado João Fernandes Tavares, responsável por tratá-lo. Ecoa contou mais sobre a história dele, que chegou a ser alvo de racismo.

RACISMO II… O candidato ao governo do Piauí Sílvio Mendes (União Brasil) fez uma fala com teor racista em uma sabatina. Ao ser questionado sobre planos para proteger as mulheres e minorias, ele respondeu à jornalista Katya D´Angelles, que é negra: “você que é quase negra na pele, mas é uma pessoa inteligente”. A fala repercutiu nas redes sociais.

PARDO… Afinal, existe “quase negra?”. Ecoa fala sobre o assunto.

PRÊMIO INSPIRADORES… O júri do do Prêmio Inspiradoras 2022 está formado. Entre os nomes, Celso Athayde, Conceição Evaristo, Lívia Sant’Anna e Daiana dos Santos. A premiação busca dar visibilidade a mulheres que estejam fazendo a diferença para mudar a realidade das brasileiras. Anota aí: as ganhadoras? serão divulgadas no dia 20 de setembro.

DANDO A LETRA

“O acesso à educação formal no Brasil do século 19 era bastante complexo e trazia as marcas características das hierarquias sociais. A escola era para poucos”, Patrícia Melo, colunista do UOL.

Em Presença Histórica, Patrícia Alves Melo conta como as cotas nas universidades públicas subvertem a educação excludente que impera desde o século 19.

Em Esporte, Rodolfo Rodrigues destaca a goleada do Flamengo no argentino Vélez Sarsfield em semifinal da Copa Libertadores.

“Uma pesquisa divulgada esta semana revela que o risco hídrico alimentado pela mudança climática poderá custar US$ 5,6 trilhões (cerca de R$ 29 trilhões) até 2050 em apenas sete países”, Cínthia Leone, colunista do UOL.

Em Crise Climática, Cínthia Leone conta como a mudança nas chuvas irá causar prejuízos trilionários nas próximas décadas.

Em Universa, Cris Guterres avalia porque o racismo não foi tema no debate presidencial.

Em Ecoa, Edu Carvalho também reverbera a ausência da pauta racial no debate e cita jornalistas negros que poderiam ter participado.

Em VivaBem, Larissa Cassiano explica quando pode ser feito o exame de ultrassom morfológico durante a gravidez. *

PEGA A VISÃO

“Hoje entendo que as roupas largas são uma expressão do hip hop, que ainda uso e amo, mas naquela época era uma saída para me proteger e me esconder dos homens”, Drika Barbosa, rapper.

A chegada das pautas de gênero no cenário do rap nacional é recente e ainda não reflete equidade nos line ups de festivais. Drika Barbosa é uma das minas do rap que teve que desafiar o movimento para conquistar seu espaço. Universa conversou com a artista e demais nomes contemporâneos como Mc Soffia e Duquesa, que falaram mais sobre o assunto.

SELO PLURAL

Em Economia, o Desenrola e Não me Enrola conta a história de Antônio Inácio de Lima, que vai todos os dias almoçar e jantar na unidade do Bom Prato no Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo. Sem trabalho e renda, outros moradores da periferia também dependem do Bom Prato para se alimentar.

Fonte: UOL

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