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Tô com a Jojo: jovens, cuidem da saúde mental

Apesar de estar falando da Jojo Todynho, não é da da Jojo que disse que “o pau ia torar” no reality ‘A Fazenda’; nem da Jojo que cultivou desafeto com Cariúcha.

Sim, eu sei, no fim das contas são todas a mesma Jojo. Mas a Jojo na qual me refiro está de um outro jeito, em outro contexto. Talvez, seja apenas da Jordana Gleise, nome real da cantora, numa reflexão que poucos artistas se colocam a fazer sobre os assuntos que atravessam o nosso cotidiano.

De cara limpa e unhas gigantes, um chamado à ação voltado aos jovens, grupo de quem Jojo faz parte, afinal, apesar de muitas experiências, tem apenas 26 anos. Mas é também sobre esse tempo em que ela, Jojo, aprendeu a maturar os acontecimentos da vida e, hoje, gritar por um alerta importante: o cuidado à saúde mental.

Nas redes sociais, surgiu nas primeiras horas do último domingo e macetou:
”Saúde mental não é brincadeira. Não adianta depois chorar em Stories, fazer um monte de postagens, mas por quê? Não tem. Se há possibilidade, vai acontecer. A gente tá falando da mente, algo que nos destrói num piscar de olhos. Se nós não temos sensibilidade para olhar pra nossa e ver que precisamos de um cuidado, imagine chegar ao outro, que está gritando por socorro, à beira do abismo? A vida não é um morango. Saúde mental não é brincadeira, depressão não é frescura. Não vende seus olhos.”

O discurso veio a reboque de dois acontecimentos que marcaram a internet. Em escala macro, a partida precoce de Matthew Perry, ator americano que deu vida a Chandler, em “Friends”. O segundo, a morte do influenciador digital baiano Rodrigo Amendoim, encontrado em sua própria casa, em Salvador. De diferentes maneiras, duas figuras que pautaram, em vida, o impacto nos danos mentais.

Por ser uma intelectual orgânica (e também acadêmica), o desabafo da cantora encontra eco nos números. O Instituto Cactus, que monitora o Panorama da Saúde Mental, divulgou um estudo feito em agosto deste ano que mostra que as pessoas com idade entre 16 e 24 anos são as mais afetadas por problemas de saúde mental. E os motivos não se esgotam: autoestima, isolamento social e até conflitos familiares.

Por estar na faixa etária e há quase uma década entender o que mudou quando dei uma atenção a mim mesmo, priorizando o cuidado, só posso dizer que ‘tô’ com a Jojo. E chamar quem mais possa para entrar na boa onda que é preservar-se pelo eixo mais importante: a cabeça.

Em grupos que atendem a preço popular ou mesmo gratuito, ao vivo ou remoto. O mais valioso é começar. E faz uma diferença danada. Não é não?!

P.S: Sou fã da Jojo!

Fonte: Coluna Eduardo Carvalho no Ecoa/UOL