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Veja as 10 profissões que pagam os piores salários para quem tem diploma

Professores de educação infantil recebem o salário médio mais baixo entre todos os profissionais com ensino superior no Brasil. A remuneração média real da categoria é de R$ 2.285, ou seja, menos de dois salários mínimos (R$ 2.640), segundo pesquisa do Ibre/FGV.

O que diz a pesquisa
O estudo teve como base as 126 profissões listadas na Pnad Contínua do IBGE. A pesquisa usou como filtro o recorte de trabalhadores do setor privado com ensino superior e comparou os dados de rendimento médio do segundo trimestre de 2012 e do segundo trimestre de 2023.

Educação domina o top 10 dos piores salários de diplomados no país. Além dos professores de educação infantil, estão no ranking outros profissionais de ensino (R$ 2.554), da educação especial (R$ 3.379) e do ensino fundamental (R$ 3.554).

Veja abaixo:

  • Em 11 anos, o salário dos professores de educação infantil ficou praticamente estagnado. O aumento real (descontada a inflação) na remuneração média foi de apenas 3%. Esses trabalhadores são classificados pelo IBGE como como professores de ensino pré-escolar.
  • O levantamento revela também remuneração de algumas profissões despencou ante 2012. Para se ter uma ideia, o salário médio da categoria outros professores de arte caiu 45%, enquanto que o de bibliotecários, documentaristas e afins encolheu 32%
  • Rendimento médio do trabalhador no Brasil é de R$ 2.836. Valor considera todas as ocupações, com e sem necessidade de diploma. Médicos especialistas são os profissionais mais bem pagos do Brasil, com salário médio de R$ 18.475. Veja a lista das profissões mais bem remuneradas.

“Geralmente, professores que ganham em média esses valores são pessoas em início de carreira, sem especialização e que tendem a trabalhar em escolas pequenas, com menor poder de aumentar o salário”, Janaína Feijó, pesquisadora da FGV Ibre.

O que joga o salário para baixo

  • Muitos professores do ensino privado se dividem para disputar poucas vagas. A pesquisadora Janaína Feijó, que conduziu a pesquisa, diz que essa classe tem sofrido com uma oferta de trabalhadores maior do que a demanda do mercado, o que joga o salário para baixo.
  • A falta de especialização é um problema adicional para esses profissionais. Na avaliação dela, quem dá aula em instituições públicas tem políticas de incentivo para se aprimorar por meio de mestrado e doutorado, por exemplo. Um currículo mais elaborado aumenta as chances de uma remuneração melhor, diz Janaína.
  • Salário baixo força a procura por renda maior no fim do mês. A especialista da FGV Ibre avalia que, por serem mal pagos, os professores de escola privada procuram trabalhar em duas escolas. Com isso, vem o efeito da a sobrecarga da função é prejudicial tanto para professores, que podem sofrer de estresse e esgotamento físico e mental, quanto para alunos, que têm o ensino comprometido.
  • Sem perspectiva de salários maiores para professores. Ela diz que a relação entre oferta de empregos e demanda de trabalho continuará alta para os profissionais de educação infantil, que ainda deverão estar mais conectados com os avanços tecnológicos.

Fonte: UOL