Violência contra mulher é do 'Março Mulher' da Força São Paulo
“Quando uma mulher entra em um sindicato, a mulher muda. Mas quando várias mulheres entram no sindicato, mudam o sindicato.” E foi reforçando a união pela luta de equidade social, que a Secretária de Políticas para Mulheres da Força São Paulo, Helena Ribeiro, iniciou o Março Mulher 2015.
O evento faz parte das diversas atividades preparadas pela Força Estadual para homenagear as mulheres que lutam por uma sociedade mais democrática e justa. Estiveram representando o SEAAC Campinas e Região as diiretoras Elizabete Prataviera, presidente, Anna Carolina Delfino Hipólito de Moraes, secretária da Mulher, Criança e Adolescente, Luciana P. Franco, secretária-geral, Sandra Sturaro Melli, secretária de Administração e Finanças e Dyane Vieira Coelho, secretária Social e de Formação Sindical.
Realizado no auditório do SinSaude, o evento teve como proposta discutir os reflexos da violência doméstica sofrida pela mulher não só no seu círculo social, mas também no ambiente de trabalho, além de apontar as políticas públicas que estão sendo realizadas para evitar casos de agressões.
A discussão vai de encontro com os dados divulgados hoje (6 de março) pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que apontam que a maioria das denúncias recebidas pelo 180 é de violência física. Dos mais de 52 mil relatos de violência, mais da metade ( 51%) são de mulheres agredidas com socos, pontapés, tapas, mordidas e queimaduras. Isso, sem contar os casos de violência sexual, moral, psicológica, cárcere privado, entre outros, elevando ainda mais o número de denúncias.
De olho no elevado número de violência contra a mulher, a Câmara aprovou nesta semana um projeto de lei que aumenta a pena para quem matar mulheres por razões de gênero, o chamado feminicídio O texto entende como questão de gênero quando o crime envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Pela proposta, este tipo de crime será considerado como agravante de homicídio, com pena de 12 a 30 anos.
MPs e seus reflexos
Desde que foram anunciadas, as medidas provisórias 664 e 665 causaram um enorme mal estar na classe trabalhadora, por restringem o acesso a benefícios como seguro-desemprego, abono salarial, auxílio-doença, pensão por morte, seguro-defeso e auxílio-reclusão.
O tema foi abordado pela desembargadora Ivani Contini Bramante, do Tribunal do Trabalho da 2ª Região. A desembargadora jogou luz sobre os problemas que as mulheres enfrentarão com as novas regras.
Consideradas como retrocesso, as MPs vão afetar diretamente o bolso do trabalhador, principalmente o das mulheres, que embora sejam mais escolarizadas, continuam com salários menores que os homens, mesmo exercendo as mesmas funções.
Com objetivo de pressionar o governo, Maria Auxiliadora, Secretária Nacional de Políticas para as Mulheres da Força Sindical, fez uma convocação para uma Marcha, no encerramento das atividades do ‘Março Mulher’, no dia 30, para pedir a revogação das MPs 664 e 665.
Fonte: Força São Paulo