Violência contra a Mulher
Diretoras do SEAAC participam de Conferência da Mulher em São Paulo
A inclusão da mulher no mercado de trabalho, como garantia de independência, é uma importante forma de combater a violência doméstica, esta foi a opinião defendida pela presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, Rosmary Correa, durante a 3ª Conferência Estadual de Política para Mulheres.
O encontro reuniu 1,5 mil participantes entre os dias 8 e 10 de outubro e teve por base o tema a violência contra a mulher. A presidente do SEAAC de Campinas e Região Elizabete Prataviera e a Secretária Geral do SEAAC Luciana P. Franco, participaram dos três dias do encontro. “Infelizmente, não havia a cobertura dos meios de comunicação na Conferência. Um verdadeiro absurdo, uma vez que foram discutidos temas de tamanho interesse para as mulheres”, lamentou a presidente do SEAAC Campinas. Luciana Franco foi eleita delegada para a Conferência Nacional, marcada para dezembro.
O foco do debate foi o empoderamento da mulher. A presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, Rosmary Correa defendeu a implementação de políticas de apoio e de valorização do papel da mulher. “Para que ela possa sair para o mercado de trabalho e dessa forma conseguir sair de um problema muito sério que é a violência doméstica e familiar. Muitas aguentam as agressões porque não têm condições de se manter sozinhas, não encontram oportunidades no mercado de trabalho”, disse.
A agenda do fortalecimento da mulher no cenário nacional também inclui, de acordo com Rosmary, o aumento da quantidade de deputadas e senadoras. “Se queremos leis mais justas para a mulher ou que realmente atendam às necessidades da mulher, temos que ter parlamentares [mulheres]”. Por isso, ela defende, como parte desse processo de empoderamento, o incentivo para que haja um maior número de candidatas às eleições municipais do ano que vem.
Outro ponto de destaque nas discussões do encontro foi a desigualdade entre os rendimentos de homens e mulheres que ocupam as mesmas funções. “É um problema cultural que a gente vem lutando para terminar”, ressaltou Rosmary.
Além disso, há a preocupação sobre onde ficarão os filhos dessas mulheres enquanto elas estiverem no emprego. “Dentro da autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho, com inclusão social, temos a questão das creches, tanto para setor público quanto privado”, destacou uma das delegadas da conferência, Fátima Palmieri.
Fátima lembrou ainda, que não basta construir escolas e creches, é preciso haver garantias da integridade das crianças também durante o percurso até os estabelecimentos de ensino. “Você tem que ter uma política que garanta segurança dessa criança dentro da escola e no caminho da escola, como é no trabalho”, defende.
Força Sindical
Maria Auxiliadora dos Santos, secretária Nacional da Mulher da Força Sindical também esteve presente à Conferência. “Nós mulheres do movimento sindical estamos organizadas e trabalhando unidas, para desenvolvermos a construção de políticas públicas voltadas para as mulheres de todo o país”, afirmou a sindicalista.
Conferência Nacional
Durante a Conferência Estadual foram eleitas 380 delegadas estaduais, entre as quais 75 da sociedade civil, que irão participar da Conferência Nacional, que acontecerá em dezembro.