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Brasileiros tiveram prejuízo de R$ 551 mi com golpes online em 2022; saiba se proteger

Os golpes online aplicados no Brasil durante 2022 causaram um prejuízo estimado de R$ 551 milhões aos brasileiros. A cada hora, foram mapeadas, em média, 17 tentativas de fraude envolvendo os dispositivos eletrônicos, como celulares ou computadores.

Os dados fazem parte de um mapeamento realizado pela plataforma de compra e venda online OLX e pela AllowMe, ferramenta de prevenção à fraude e proteção de identidades digitais, divulgados com exclusividades a Tilt.

Confira a seguir os golpes mais comuns, de acordo com o levantamento.

1. Golpe da Compra Confirmada

Do total de fraudes registradas no país, 57% envolveram o Golpe da Compra Confirmada, um aumento de 75% dos casos, comparado a 2021.

Um dos motivos do crescimento desse crime é sua baixa complexidade. Especialistas dizem que ele é uma evolução do antigo golpe do Envelope Vazio, e ele atinge mais vendedores que usam plataformas de comércio online.

Funciona assim:

  • ao fechar uma compra, o golpista finge que fez o depósito enviando um falso comprovante com os dados de uma pessoa real e da vítima
  • a estratégia induz o vendedor a acreditar que pagamento foi realizado
  • quando a vítima se dá conta, o fraudador já recebeu o produto sem pagar por ele

Para se prevenir, sempre é necessário checar se o dinheiro caiu mesmo em sua conta bancária ou carteira digital antes da entrega do produto/serviço adquirido.

Outras dicas importantes: verifique o domínio do e-mail e o status da negociação no site ou aplicativo da empresa.

2. Golpe do Falso Anúncio

É outra fraude comum, especialmente em épocas de grande movimentação no varejo, como Natal e Black Friday.

Em 2022, a tática representou 37% dos golpes, um aumento de 52% em relação ao ano anterior.

Consiste em oferecer promoções imperdíveis, muito abaixo da média de descontos oferecidos por outros sites, para atrair vítimas, que concluem a compra e nunca recebem o produto.

Argumentos usados para induzir as vítimas a fechar logo o negócio:

  • Dizem que tem poucas unidades
  • Oferta acabara em “X” minutos
  • Precisam fechar logo a negociação pois há outros interessados

Para se proteger, desconfie de preços muito baratos e de procedimentos e atitudes suspeitas. Ao menor sinal de fraude, denuncie o anúncio à plataforma.

Outra estratégia de segurança é utilizar a modalidade de compra garantida oferecidas por diversas plataformas confiáveis de comércio eletrônico, que possibilita reaver o valor pago em alguns casos de golpe. Na dúvida, verifique as regras do site/aplicativo antes de efetuar uma compra.

3. Roubo de Dados

Esse foi o terceiro tipo de crime digital mais comum no ecommerce brasileiro, representando 6% de todos eles, o que significa que foi uma tentativa de roubos de contas por minuto no Brasil em 2022, segundo o levantamento.

Essa fraude também é uma das mais nocivas. Os cibercriminosos “sugam” os dados pessoais do usuário para utilizá-los em outros golpes.

As informações podem ser roubadas ao inserir número de celular, endereço de email, CPF e dados bancários com terceiros ou ao clicar em links falsos.

Há diversas estratégias para fazer o usuário clicar nesses links, normalmente atreladas a anúncios falsos de promoções, vagas de empregos, entre outros.

Para se proteger, desconfie quando te enviarem links em aplicativos de mensagens. Opte por acessar as informações diretamente no site oficial da empresa que vende o produto/serviço que você está de olho.

Também evite compartilhar deliberadamente os dados pessoais em redes sociais, por exemplo. Existem criminosos que estudam suas vítimas.

A lógica é: quanto mais verossímil for um golpe, mais legítimo vai parecer.

Homens jovens são principais vítimas

A maioria dos brasileiros que caíram em fraudes é jovem: com idade até 31 anos. Homens representam 74% e mulheres 26%.

Segundo Beatriz Soares, diretora de produto da OLX, esse movimento acontece, pois o público mais jovem já está acostumado a fazer transações online e têm uma presença digital mais ativa, logo ficam mais expostos aos riscos.

“Pessoas mais digitalizadas tendem a executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo no ambiente online, diminuindo a atenção para os detalhes da transação”, alerta.

O mapeamento mostrou ainda que 70% das tentativas de fraude analisadas aconteceram em horário comercial, sendo a quinta-feira o dia da semana com maior incidência.

“Os fraudadores costumam atuar em horário comercial para passarem despercebidos. Há algum tempo, era comum uma atuação em outros horários, de madrugada, por exemplo. Porém, com o fortalecimento dos controles de prevenção à fraude, isso foi deixando de acontecer”, diz Soares.

A região sudeste é a que mais teve fraudes confirmadas, com o Estado de São Paulo liderando com 37%, seguido por Rio de Janeiro, 14%, e Minas Gerais, 8%.

Os dados da pesquisa foram coletados por meio dos registros dos usuários nas plataformas de ecommerce, identificação de tentativa de fraude nas negociações por meio de machine learning e nos casos identificados de prevenção a fraudes, além de relatórios que avaliam fraudes e golpes no mercado de ecommerce. As informações cruzadas são de janeiro a dezembro de 2022, em uma base de cerca de 20 milhões de contas abertas em plataformas online.

Lista dos produtos mais visados

  • Smartphones: representam 45% das fraudes, sendo que 72% dos golpes miraram a aquisição de iPhones
  • Videogames: 16%, sendo os da marca PlayStation os preferidos dos golpistas, em 65% dos golpes
  • Computadores: representam 15% dos golpes

Fonte: Tilt UOL

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