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Entidades religiosas entregam 62º pedido de impeachment de Bolsonaro

Entidades religiosas entregaram o 62º pedido de impeachment de Bolsonaro à Câmara dos Deputados. Assinaram a denúncia, o Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil), a Comissão Nacional Justiça e Paz (órgão ligado à CNBB), a Ieab (Câmara Episcopal da Igreja Anglicana do Brasil) e a ABB (Aliança de Batistas do Brasil).

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Grupo reúne quatro entidades e conta com a assinatura de 380 pessoas

Sob o argumento de que Jair Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade na condução da pandemia, o pedido formalizado nesta terça-feira (26) reúne assinaturas de 380 representantes de diversas religiões. Segundo a pastora Romi Marcia Bencke, representante da Conic, essa manifestação também mostra que apesar da base de apoio do presidente ser conservadora, nem todos os cristãos apoiam Bolsonaro.

“A peça de impeachment também fala da laicidade do Estado. E nós compreendemos essa laicidade como princípio. Nós sabemos que a base de apoio do Bolsonaro é conservadora de matriz cristã. Não nos reconhecemos nessa base de apoio e tampouco defendemos a base religiosa que se forma nesse Congresso. Nós compreendemos que o nosso papel não é formar bancadas religiosas, mas prestar serviço coletivo nas comunidades de fé”, disse.

Parlamentares ouvidos pelo portal Jota disseram, em sua maioria, que ainda é cedo para falar em impeachment de Bolsonaro. Um dos motivos apresentados pelos parlamentares é a comoção popular, que ainda não é grande. Mas os parlamentares procurados admitem uma mudança no ambiente político e alguns alertam que “tudo vai depender da pandemia e suas explosões emocionais”.

O próximo líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), avaliou que esse assunto é prematuro e que o primeiro passo para o impeachment entrar na pauta é a sinalização do presidente da Câmara, que ainda é Rodrigo Maia (DEM-RJ) e que isso ainda não aconteceu.

Essa visão também é do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que afirma ser precoce falar de impeachment. “Tem muitas coisas que precisam ser apuradas, investigadas, mas com calma e respeitando o sentimento das ruas. Ainda não temos no Brasil nenhuma movimentação significativa no sentido do impedimento do presidente. Agora é hora de cuidar da pandemia, da recuperação da pandemia”, disse.

Vinícius Poit (Novo-SP) disse que Bolsonaro é péssimo exemplo de líder e que é irresponsável, mas, apesar disso o motivo do impeachment deve ser técnico. “A gente vai ser técnico. Cadê o processo? Qual o crime que ele cometeu? É nisso que estamos nos atendo e sendo responsáveis”, disse.

O deputado ouvido pelo Jota que tem mais expectativa que um processo de impeachment avance é líder do PT, Enio Verri (PR), que disse que o quadro para dar base ao impeachment está crescendo.

“Basta ver as pesquisas mostrando que 43% da população quer o impeachment. Não é uma mobilização da esquerda, há apoio de pessoas do Centrão, do Vem Pra Rua, de movimentos de direita. Hoje o cenário, por conta de Manaus, Rondônia, do Pará, da postura do Pazuello, está forçando o impeachment. Se o Paulo Guedes não pagar o auxílio emergencial, aí você vai ver o impeachment”, disse.

Na quarta-feira (27) os partidos que compõem a Minoria na Câmara (PT, PSB, PDT, PSol, PCdoB e Rede) e os respectivos presidentes nacionais das siglas apresentarão o 63º pedido de impeachment contra Bolsonaro. A base de argumentação será a condução da crise causada pela Covid-19 em Manaus.

Fonte: portal Jota

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