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Empresas que usarem trabalho escravo terão dívida executada sumariamente, diz Luiz Marinho

Empresas que insistirem em usar trabalho escravo ficarão impedidas de tomar financiamento público e fazer prestação de serviços públicos

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo que deve visitar Bento Gonçalves (RS) até o início de abril. Ele vai tratar do caso de trabalhadores resgatados em situação trabalho escravo em colheitas de uva, que envolveu as tradicionais empresas Salton, Aurora e Garibaldi.

O ministro afirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai executar dívidas de empresas que entrarem na lista suja do trabalho escravo. “Para empresas que insistirem em usar (mão de obra desse tipo), nós vamos oferecer o rigor da lei. Vamos voltar com a lista suja”, disse.

“Empresas que, por exemplo, têm empréstimos com BNDES, ao entrar na lista suja vão ter a dívida executada sumariamente. Vai ficar impedida por um tempo de tomar financiamento público e de fazer prestação de serviços públicos”, prometeu Marinho.

Essa lista suja de trabalho escravo é elaborada pela auditoria fiscal do trabalho a partir das fiscalizações. Uma Portaria de 2017 tornou os parâmetros mais rigorosos para as empresas entrarem na lista, como já ter se defendido administrativamente.

TAC

Ontem foi divulgado que o Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS) assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com as três vinícolas gaúchas, que se comprometeram a pagar aproximadamente R$ 7 milhões de indenização aos trabalhadores resgatados nas condições análogas à escravidão, em Bento Gonçalves.

O acordo contém um total de 21 obrigações que devem ser cumpridas imediatamente. O não cumprimento acarretará multa de até R$ 300 mil. A assinatura do TAC garante o cumprimento imediato das obrigações e tem força de sentença judicial, segundo a Procuradoria.

Fonte: Rede Brasil Atual

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