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82% das riquezas geradas entre 2016 e 2017 ficaram com o 1% mais rico, diz ONG

O abismo entre os maiores bilionários do planeta e a fatia mais pobre da população continua aumentando, segundo relatório da ONG Oxfam Brasil, que tem o propósito de combater a desigualdade e a pobreza. 

De acordo com o levantamento, 82% de toda a riqueza mundial gerada entre setembro de 2016 e setembro de 2017 ficaram nas mãos do 1% mais rico da população, enquanto a metade mais pobre do globo, que equivale a 3,7 bilhões de pessoas, não foi beneficiada com nenhum aumento.

O relatório, chamado “Recompensem o trabalho, não a riqueza”, foi elaborado para ser divulgado na abertura do Fórum Econômico Mundial, que começa nesta terça-feira (23), em Davos, na Suíça. O estudo usa dados de instituições como a OIT (Organização Internacional do Trabalho), Banco Mundial, o banco Credit Suisse e a revista “Forbes”.

Número recorde de bilionários A Oxfam lembra que a “Forbes” registrou o maior número de bilionários em 2017 desde que começou a fazer sua lista anual, chegando a 2.043. Também foi o maior aumento do número de bilionários de 1 ano para o outro de acordo com a ONG, com um novo bilionário a cada 2 dias.

O relatório ainda aponta que a riqueza dos bilionários cresceu 11% ao ano desde 2010, enquanto os salários aumentaram, na média, 2% a cada ano.

No Brasil, o número de bilionários também cresceu, passando de 31 para 43. Hoje, 5 bilionários brasileiros têm patrimônio equivalente ao da metade mais pobre da população do país.

O patrimônio dos bilionários brasileiros cresceu 13% em relação ao ano anterior, de acordo com a ONG. Ao mesmo tempo, a fatia da renda nacional da metade mais pobre caiu de 2,7% para 2%.

Riqueza não vem só do trabalho, diz ONG
A Oxfam afirma que há evidências de que “talento, esforço e disposição de assumir riscos” dos bilionários não são as principais causas da grande concentração de renda na mão dessas poucas pessoas.

Segundo seus cálculos, dois terços dessas fortunas são consequências de heranças, monopólios (que “alimentam retornos excessivos para proprietários e acionistas à custa do restante da economia”) e clientelismo, ou seja, “a capacidade de interesses privados poderosos de manipular políticas públicas no intuito de consolidar monopólios existentes e criar outros”.

Desigualdade das mulheres
Outro fator relacionado com a desigualdade social são as diferenças econômicas entre homens e mulheres no planeta, de acordo com a Oxfam.

Ela afirma que a diferença entre os salários dos dois grupos tem recebido atenção da maioria dos países, mas que a “a diferença de patrimônio de mulheres e de homens é geralmente ainda maior”.

Além disso, a Oxfam afirma que a prosperidade econômica global depende da “enorme, embora não reconhecida”, contribuição das mulheres em serviços não remunerados, como afazeres de casa e cuidados com os filhos.

Fonte: UOL

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