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Sindicalistas cobram crescimento e rechaçam mexer na Previdência

Posição será levada ao Fórum, em Brasília, nesta quarta

O movimento sindical recomeça nesta quarta, dia 17, em Brasília, debate com o governo acerca de medidas pró-retomada do crescimento. O encontro será no âmbito do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e de Previdência Social, que reúne representantes das Centrais, aposentados, empresariado e os ministérios do Trabalho, da Fazenda, do Planejamento e da Indústria.

A expectativa para o segundo encontro é que o governo dê respostas aos sete pontos do documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, lançado dia 3 dedezembro. O documento foi entregue à presidente Dilma Rousseff em 15 daquele mês. Três dias depois, ela editou MP que visa destravar o processo de retomada de obras por empresas com envolvimento em ilícitos – o sindicalismo defende punir os envolvidos, mas sem quebradeira de empresas.

Há rumores de que o governo introduzirá na pauta de quarta o debate sobre a reforma da Previdência Social, que tem causado reações contrárias no sindicalismo. O presidente licenciado do Sindicato Nacional dos Aposentados (Força Sindical), João Inocentini, disse à Agência Sindical que a criação da idade mínima, por exemplo, “é inaceitável”.

“Isso não resolve o problema da Previdência, até porque já existe limite de idade para se aposentar – 65 anos para homens e 60 para mulheres. Além disso, somente 21% das aposentadorias são atualmente por tempo de contribuição, que ocorrem principalmente na indústria”, afirma o dirigente.

Ele destaca que a entidade não é contra debater mudanças, mas condena a forma como a questão está sendo imposta. “O governo diz que a Previdência tem um rombo. É mentira. Ela não é uma coisa isolada da assistência social, que é de responsabilidade do governo e tem fontes de recursos específicas pra isso”, observa.

Dieese
Em reunião no Dieese, dia 4 de fevereiro, as entidades integrantes do “Compromisso pelo Desenvolvimento” decidiram reforçar no encontro a necessidade de se adotar, como política de crescimento, os sete pontos do documento.

Para o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, que falou ontem, dia 15, com a Agência Sindical, a expectativa é o governo apresentar algo mais concreto em relação aos itens do documento levado a Dilma. “Até agora, têm sido apresentadas ideias de forma genérica, como ocorreu na própria reinstalação do Conselhão, em 28 de janeiro”, afirma.

“Espero que o governo coloque o foco na retomada do crescimento. Interessa aos trabalhadores, à sociedade e ao empresariado que a prioridade seja o desenvolvimento econômico. A aposentadoria pode vir depois, até porque debater Previdência com crescimento é uma coisa; com recessão, é bem diferente”, enfatiza Clemente.

Fonte: Agência Sindical

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