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Centrais sindicais e empresários se unem para elaborar documento, entregue à presidente

A delegação da Força Sindical foi composta pelo presidente da Central, Miguel Torres, secretário-geral, João Carlos Gonçalves (Juruna), presidente do Sindicato da Construção Civil SP, Antonio de Souza Ramalho, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno (Jorginho)

Representantes de centrais sindicais entregaram, na tarde de ontem, o “Compromisso pelo Desenvolvimento” à presidente Dilma Rousseff. O documento foi produzido por sindicalistas, trabalhadores e empresários, com propostas para a retomada do crescimento econômico.

Pela manhã, também em Brasília. O grupo foi recebido por Miguel Rossetto, ministro do Trabalho e Previdência Social.“Nós, do governo, temos consciência da urgência de criarmos condições para recuperar, rapidamente, o crescimento, o desenvolvimento e da capacidade de gerar emprego, trabalho e renda”, afirmou.

“Trata-se de um programa de desenvolvimento que traz esperança, mostra um novo horizonte para o país“, disse o presidente da Força Sindical, Miguel Jorge,uma das lideranças nos eventos de ontem.

Guinada
O documento traz um diagnóstico dos setores considerados vitais para a geração de emprego e recuperação da economia brasileira e destaca medidas pontuais para colocar o país novamente nos eixos.

Dentre sugestões estão a volta do estímulo aos investimentos público e privado, o aumento das exportações da indústria , a ampliação do financiamento de capital de giro e a adoção de políticas de fortalecimento do mercado interno para preservar emprego e renda.

“Esta é uma proposta realista, que identifica a responsabilidade do governo pela adoção de uma política econômica recessiva, mas que propõe saídas para o país”, disse Torres.

O manifesto foi oficialmente lançado no dia3. No total, 25 representações assinaram o documento, entre elas, além das principais centrais sindicais, a Confederação Nacional da Indústria, associações comerciais de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, representações das indústrias automotiva, têxtil e de máquinas e equipamentos.

Petista terá outra reunião como grupo, nesta sexta-feira, e deve falar sobre o “compromisso”

“Nós estamos juntos com entidades que possuem interesses diferentes e ideologias diferentes, mas que estão apontando um caminho para o Brasil”, afirmou Luiz Moan, presidente da Anfavea (AssociaçãoNacionaldosFabricantesdeVeículosAutomotores).

Entendimento
Segundo Miguel Torres, o governo recebeu o documento, sinalizando abertura ao diálogo. O único ponto divergente do encontro foi a volta da CPMF(Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), defendida pela presidente como uma das formas para sanear as finanças públicas.

“Nossa proposta para a CPMF é a taxação sobre grandes fortunas”, explicou Torres. Na sexta-feira, a presidente se reunirá nova mente com as centrais sindicais para reavaliar com mais profundidade as medidas.

Confira a íntegra do documento
Fonte: Diário de São Paulo

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