Centrais sindicais entregam reivindicações ao vice-presidente Michel Temer
Dirigentes sindicais da Força Sindical, UGT, CSB e NCST entregaram nesta terça-feira, dia 26, ao vice-presidente Michel Temer, um documento contendo as reivindicações da classe trabalhadora. “Temos uma agenda trabalhista que foca o desenvolvimento e o crescimento econômico e queremos debater isso com o Temer”, declarou Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical e deputado federal pelo Solidariedade-SP.
A reunião realizada no Palácio do Jaburu teve a participação de dirigentes sindicais de diferentes categorias, que integram a direção nacional da Força Sindical.
Os sindicalistas defendem a imediata retomada do crescimento, da geração de emprego de renda e da preservação e ampliação dos direitos trabalhistas e das conquistas sociais. Eles rejeitam uma reforma da previdência que mexa nos direitos dos trabalhadores.
Participaram pela Força Sindical os seguintes dirigentes: o presidente da Central, Paulo Pereira da Silva, Paulinho; o secretário-geral, João Carlos Gonçalves (Juruna); os vice-presidentes da Central, Melquíades de Araújo (Federação da Alimentação); Miguel Torres (Sindicato dos Metalúrgicos São Paulo, Mogi e Região); Eunice Cabral (Sindicato das Costureiras SP); Paulo Ferrari (Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios) e João Inocentini (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical).
Durante o encontro os sindicalistas entregaram um documento que contém as principais reivindicações dos trabalhadores. Confira a seguir a íntegra do documento:
São Paulo, 26 de abril de 2016
Excelentíssimo Senhor
Michel Miguel Elias Temer Lulia
Vice-presidente da República
O impasse institucional e o agravamento do cenário político que assolam o Brasil se desdobram em uma grave crise econômica. A inflação, juros estratosféricos, fechamento de milhares de fábricas e lojas do comércio, queda na renda, no poder de compra dos trabalhadores e o crescente desemprego travam todos e os setores produtivos.
Os brasileiros – principalmente os menos favorecidos economicamente – estão cansados do desajuste da economia. Nós, trabalhadores, destacamos a necessidade da imediata retomada do crescimento econômico, da geração de emprego, de renda e da preservação e ampliação dos direitos trabalhistas e das conquistas sociais.
Os trabalhadores anseiam por melhores condições na saúde, na educação, na segurança, de emprego e transporte, por um basta na corrupção e no uso indevido do dinheiro público, pelo fortalecimento das negociações coletivas e do financiamento da atividade sindical, com foco na organização e na representatividade.
O País que todos almejam será o resultado da discussão de uma ampla agenda. Um governo com uma agenda voltada para o desenvolvimento e para o crescimento econômico, para a distribuição de renda. O Brasil que queremos é resultado da seguinte agenda:
Implantação urgente de uma política de desenvolvimento nacional;
Mudanças e redirecionamento da política econômica;
Implantação urgente de uma política de desenvolvimento nacional;
Retomada, ampliação e adoção de políticas de geração de empregos, renda e direitos sociais;
Correção da tabela do Imposto de Renda;
Renegociação da dívida interna;
Fortalecimento e retomada do protagonismo histórico do Ministério do Trabalho e Emprego;
Criação de condições para o aumento da produção e da exportação;
Juros menores, voltados ao consumo e aos investimentos no comércio e na indústria;
Desenvolvimento de uma política que fortaleça a indústria nacional e reconstrua nosso parque industrial, voltada principalmente para os setores de infraestrutura, petróleo, construção civil e pesada;
Renovação da frota automotiva (caminhões, carros, ônibus, tratores e duas rodas);
Inclusão de representantes do capital e do trabalho no Comitê de Política Econômica do Banco Central;
Maior participação, de forma tripartite, nos Conselhos Representativos, da esfera federal;
Manutenção e ampliação dos programas voltados para a diminuição das desigualdades sociais;
Fortalecimento da política de valorização do salário mínimo como forma de distribuir renda;
Política de valorização e melhorias nos benefícios para os aposentados e pensionistas;
Não à retirada de direitos na Reforma da Previdência;
Mais investimentos em saúde, educação e transporte;
Desenvolvimento de uma política de valorização dos servidores públicos.
Antonio Neto
Presidente da CSB (Central Sindical Brasileira)
Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical
José Calixto Ramos
Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores
Ricardo Patah
Preisdente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Fonte: Força Sindical