Dia 28 de Abril vamos parar o Brasil contra as reformas da Previdência e Trabalhista
Com o objetivo de conscientizar as bases e a sociedade de forma geral sobre os impactos das reformas da Previdência e Trabalhista e a Terceirização, as centrais sindicais lançaram, na última sexta-feira (31), material unitário convocando a classe trabalhadora a construir o “Abril de lutas” e parar o Brasil no dia 28 de abril. O SEEAC Campinas e Região apoia essa luta e vai mobilizar trabalhadoras e trabalhadores para a Paralisação do dia 28 de Abril. A proposta é que ninguém vá para para o trabalho e sim participe dos atos e manifestações previstas para o dia. A única forma de barrar os ataques do Governo, e que têm o aval do Congresso Nacional, é irmos para as ruas pressionar e mostrar a disposição de barrar os retrocessos, que vão desmontar a Previdência Social e acabar com os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.
De forma objetiva, o material explica o que está por trás das propostas de Michel Temer e denuncia, ponto a ponto, o que pode acabar caso as propostas de reformas da Previdência e Trabalhista sejam aprovadas. As centrais também elencam as perdas com sanção da terceirização na última sexta-feira (31), por Michel Temer.
TRÊS MOTIVOS PARA CRUZAR OS BRAÇOS DIA 28 DE ABRIL
O governo quer que a gente morra de trabalhar sem se aposentar
O governo diz que a Previdência é deficitária, mas é mentira! Ele manipula os cálculos! Só em 2015 teve um superávit de, acredite, R$ 11,2 bilhões de reais.
Aumenta idade mínima – Com a reforma da Previdência, homens e mulheres só poderão se aposentar quando tiverem de 65 anos de idade. Hoje, há casos em que é possível a mulher se aposentar aos 55 e homens aos 60.
Igualando a idade, a mulher trabalhadora será ainda mais prejudicada.
Mais tempo de contribuição – Para um trabalhador ou trabalhadora se aposentar terá de comprovar pelo menos 25 anos de contribuição. Hoje, a exigência é de 15 anos.
49 anos para benefício integral – O que é pior é que só terá direito ao benefício integral quem, com 65 anos, comprovar que também contribuiu 49 anos à Previdência, de forma ininterrupta.
Fim de aposentadorias especiais – Trabalhadores e trabalhadoras rurais, trabalho insalubre e em condições especiais, pessoas com deficiências e aposentadorias por incapacidade serão ferozmente atacadas.
Ataque às pensões – Na proposta do Governo, fica vetado o acúmulo de benefícios. Não será mais possível acumular aposentadoria e pensão por morte, por exemplo. Haverá redução de 50% no valor das pensões por morte e, a partir daí será acrescentado mais 10% por dependente, com o limite de cinco filhos beneficiados.
Afeta quem está na ativa – Eles querem que essas novas regras já valham para homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos. Os que tiverem acima desta idade entram numa regra de transição e poderão se aposentar pelas regras atuais, mas terá de contribuir com 50% a mais sobre o tempo que faltava para a aposentadoria.
Reforma trabalhista acaba com direitos históricos
O governo Temer pretende acabar com direitos históricos da classe trabalhadora, que hoje são Lei, garantidos na CLT.
Férias e jornada ameaçadas – Estão ameaçadas as férias de 30 dias, a jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 semanais, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) que poderá ser parcelada em quantas vezes quiserem os patrões e podem diminuir até o horário de refeição.
Trabalho temporário – O trabalho ficará ainda mais desregulamentado. O contrato de trabalho temporário passará a ter vigência de 4 meses e poderá ser prorrogado por igual período.
Terceirização precariza o trabalho
O projeto de lei da terceirização, o PL 4302, aprovado na Câmara Federal, impõe total superexploração à classe trabalhadora brasileira com a legalização da terceirização nas atividades fim. É o “liberou Geral” da precarização!
Não haverá geração de emprego. O que vai ocorrer, de fato, é uma onda de demissões de trabalhadores contratados pela CLT para posterior contratação terceirizada.
Na prática, significa trabalho com salários mais baixos, maior jornada, menos direitos trabalhistas e péssimas condições de trabalho e resultará também em maior número de acidentes, doenças (estresse, depressão, lesões por esforço repetitivo entre outros) e mais mortes por acidente de trabalho.
Contra as propostas de reforma da Previdência, Trabalhista e a Terceirização Dia 28 de abril, vamos parar o Brasil!
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Fonte: Portal CTB