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Entidades do Brasil e do exterior protestam contra PLR menor e demissões na Vale

Sindicato afirma que empresa deu reajuste abaixo da inflação, mas mesmo assim demitiu.

Acordo
Entidades pedem reabertura de negociação, enquanto Sindicato dos Ferroviários do Espírito Santo e Minas Gerais (Sindfer) teme ‘desmonte’ – Reprodução

Entidades do Brasil e do exterior manifestaram apoio ao Sindicato dos Ferroviários do Espírito Santo e Minas Gerais (Sindfer), devido à decisão da Vale de demitir mais de 100 trabalhadores no completo de Tubarão (ES), além de reduzir o valor da participação nos lucros ou resultados (PLR). As organizações pedem reabertura de negociações.

De janeiro a setembro do ano passado, a empresa acumulou lucro líquido de aproximadamente R$ 91 bilhões. Apenas no terceiro trimestre, o resultado foi de R$ 20,203 bilhões, com R$ 66,261 bilhões de renda líquida. Apesar disso, e da distribuições de R$ 73 bilhões aos acionistas, “dificulta as negociações com os trabalhadores propondo reduções em seus ganhos”, diz a CUT, uma das entidades signatárias do documento.

Segundo o Sindfer, a proposta de punir com 5% de redução da PLR funcionários com sanção administrativa poderia iniciar um processo de perseguição ou até mesmo de pressão interna para que os supervisores aplicassem punições, para reduzir o valor final. A empresa chegou a firmar um compromisso no sentido de que não haveria “banalização” das sanções, mas manteve o corte.

“Desmonte completo”

Para o presidente do sindicato, Wagner Xavier, a proposta da Vale pode ser o ponto de partida para redução de direitos. “Isto desvirtua o modelo de PLR majoritariamente aprovado, e seria uma espécie de piloto para seu desmonte completo, visando atingir o que a Vale tanto almeja, que é pagar a média do mercado, assim como tem praticado nos acordos coletivos”, afirma.

Segundo ele, no acordo coletivo assinado em novembro de 2021, a Vale informou que o reajuste abaixo do INPC era necessário para viabilizar a sustentabilidade das unidades da Vale em todo o país, inclusive evitando demissões, mas isso não está acontecendo. Entre as entidades que assinam o documento de apoio, estão as confederações nacionais do Ramo Químico (CNQ-CUT), dos Metalúrgicos (CNM-CUT) e dos Trabalhadores em Transportes e Logística CNTTL), a Federação Interestadual dos Ferroviários, a Industriall Global Union (sindicato mundial) e o United Steelworkers (América do Norte).

Fonte: Rede Brasil Atual/com informações da CUT

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