Governo Bolsonaro quer demorar 2 meses para aprovar vacina; Reino Unido aprovou em 9 dias
A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla em inglês) do Reino Unido aprovou a vacina da Pfizer e BioNTech em apenas 9 dias, pouco mais de uma semana, informou o repórter Pedro Vedova, de Londres. O governo britânico fez um esforço, com revisão ‘contínua de dados’, para aprovar rapidamente para tentar salvar vidas da população.
Já no Brasil, o governo Bolsonaro faz de tudo para atrapalhar e atrasar aprovação de vacinas. O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou durante reunião virtual com governadores de estado nesta terça-feira, 8, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve demorar até 60 dias para aprovar o uso de qualquer vacina contra a Covid-19. Depois de um ano de pandemia, o ministro diz isso: “Aí a Anvisa, dentro de sua responsabilidade, vai precisar um tempo. Gira próximo a 60 dias” para aprovar.
Mas há uma diferença, a vacina da Pfizer teve o relato de duas mortes após a medicação, já a Coronavac não foi reportado nenhum caso, exceto uma morte que não tinha qualquer relação com a medicação.
O aviso bate de frente com o Plano estadual de imunização contra o vírus do governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Na segunda-feira, o político anunciou que deve começar a vacinar a população em 25 de janeiro, com o imunizante da chinesa Sinovac, o Coronavac, produzido no país em parceria com o Instituto Butantan.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, durante o encontro “tenso”, Pazuello e Doria bateram boca sobre a falta de interesse do governo federal na Coronavac.
No entanto, apesar de anunciar a campanha de imunização, o governo de São Paulo ainda aguarda os resultados dos ensaios clínicos da Fase 3 de testes da vacina, que deve sair no próximo dia 15, além da eventual aprovação da Anvisa.
Segundo informações da BBC, a vacina da Sinovac ainda não foi oficialmente registrada da China, mas já está sendo aplicada, em regime de uso emergencial. Funcionários do governo chinês, profissionais de saúde e equipes que trabalham nas fronteiras estão recebendo a vacina. O programa de uso emergencial foi aprovado por autoridades chinesas em julho e anunciado oficialmente no mês seguinte.
Fonte: Carta Campinas/com informações do GGN/BBC