No aniversário da Lei Maria da Penha, operação prende 44 agressores de mulheres no Rio
Eles são acusados de crimes como homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal, estupro, ameaça e injúria, e estavam com mandados de prisão em aberto
Quarenta e quatro homens que cometeram violência contra mulheres foram presos nesta segunda-feira, 7, numa operação da Polícia Civil do Rio batizada de “Comigo não, violão”, e realizada para marcar os onze anos da Lei Maria da Penha, que endureceu as penas contra homens agressores.
Eles são acusados de crimes como homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal, estupro, ameaça e injúria, e estavam com mandados de prisão em aberto. Foram encontrados em municípios do Grande Rio, como Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense, e também na capital. Também foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão. Outras 28 homens ainda estão sendo procurados.
A operação envolveu policiais de 14 delegacias de atendimento à mulher e resultou em uma espécie de mutirão contra homens autores de violência doméstica e sexual. O objetivo de deflagrá-la nesta segunda foi dar visibilidade ao combate a esse tipo de crime.
À frente da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher, a delegada Marcia Noeli Barreto disse que, apesar da crise financeira do governo estadual, o setor resiste. “Conseguimos apurar e representar pela prisão em 90% dos casos de feminicídio (assassinato motivado por ódio a mulheres) do ano passado. As vítimas não devem ter medo de ir à delegacia. Em todas as delegacias do Estado nossos policiais estão capacitados para este atendimento, que é de excelência”.
Mais cedo, foi divulgado o Dossiê Mulher 2017, compilação de informações do Instituto de Segurança Pública sobre crimes relacionados à violência contra a mulher cometidos em 2016. Foram 396 homicídios, sendo 16 caracterizados como feminicídios, e 599 tentativas de homicídio, das quais 42 foram consideradas como tal. No caso dos homicídios, verificou-se um aumento de 10% em relação a 2015. Os estupros caíram 2,8% – somaram 4.013 vítimas. Dessas, 55,5% eram meninas de 0 a 14 anos, e 37% dos estupradores eram pais, padrastos, parentes, amigos, conhecidos ou vizinhos.
Fonte: Estadão