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Pagamento facilitado de boleto vencido é adiado pelos bancos

A Febraban (federação brasileira de bancos) adiou para julho o início do serviço em que boletos vencidos poderão ser pagos em qualquer banco instituição financeira.

Na semana passada, a entidade havia anunciado que a facilidade seria implementada a partir de março.

Em nota, a Febraban afirma que as instituições financeiras “optaram por postergar a primeira onda de validações de boletos a fim de garantir que o sistema já esteja integrado e sendo alimentado pelas plataformas de todos os bancos”.

Segundo o novo cronograma, contas atrasadas com valor acima de R$ 50 mil poderão ser pagas em qualquer banco a partir de julho.

Quem tiver de pagar valores mais modestos, entre R$ 500 e R$ 2.000, só poderá quitá-los em sua instituição de preferência a partir outubro. Antes, o calendário previa que entre julho e setembro quem tivesse um boleto vencido com esses valores seriam beneficiados pelo sistema.

O prazo final de implementação do novo sistema, por enquanto, está mantido para dezembro (veja quadro).

O pagamento de contas atrasadas em qualquer banco é uma facilidade para o consumidor da chamada Nova Plataforma de Cobranças, ferramenta desenvolvida pelos bancos para diminuir o número de fraudes cometidas com boletos.

Segundo a Febraban, são emitidos 3,5 bilhões de documentos por ano. Com a plataforma, todos os documentos serão registrados na hora da emissão. Ao pagar o débito, o banco consultará essa base para conferir se as informações estão corretas.

Se os dados da fatura que estiver sendo paga coincidirem com os do sistema, a operação é validada. Se houver divergência de informações, o pagamento não será autorizado e o consumidor poderá realizar o pagamento exclusivamente no banco que emitiu a cobrança.

O comprovante de pagamento também será mais completo, com informações de juros, multa ou descontos aplicados sobre o valor da cobrança. Não entram na plataforma contas de consumo (como luz e água) nem tributos (IPTU e IPVA).

Os bancos devem convidar todos os emissores de boletos a entrar no cadastro de registro. O serviço é cobrado e poderá ter um preço mais alto, a depender da negociação que a empresa fizer.

Um dos argumentos dos bancos para a criação dessa plataforma é a possibilidade de diminuir o risco de fraudes. Como os dados precisam obrigatoriamente bater, o golpe que adultera código de barras para que um fraudador receba o dinheiro fica mais difícil.

Em 2014, a Polícia Federal e o FBI descobriram uma quadrilha internacional que contaminava computadores com vírus para que, na emissão do boleto, o código fosse alterado, e o dinheiro, desviado. Esse tipo de golpe deixaria de existir com a plataforma.

COMO FICOU O CRONOGRAMA
Em 10.jul
Boletos acima de R$ 50 mil

11.set
Entre R$ 2.000 e R$ 49.999,99

9.out
Entre R$ 500 a R$ 1.999,99

13.nov
Entre R$ 499,99 e R$ 200

11.dez
Boletos de menos
de R$ 200

Fonte: Folha de S. Paulo

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