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Sem aviso, LinkedIn usa dados de usuários para treinar IA: ‘Nebuloso’

A Meta (dona de Facebook, WhatsApp e Instagram) já fez isso. O X (ex-Twitter) também.

O LinkedIn, a rede social de contatos corporativos, aderiu à moda e passou a usar os dados de usuários para fazer treinamento interno de inteligência artificial. Tudo isso sem avisar seus usuários e sem alterar previamente os termos de privacidade que regem a plataforma.

No episódio desta semana de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes discutiram a prática, cada vez maior entre as redes sociais, e quais são as razões, ainda nebulosas, para o Linkedin recorrer a dados pessoais para tornar sua IA mais esperta.

“A inteligência artificial depende de dados, e os dados públicos disponíveis estão se esgotando. Agora as grandes plataformas têm os usuários produzindo conteúdo lá dentro e isso é uma fonte incrível de riqueza”, Diogo Cortiz.

“Você está dizendo que aquele post de um funcionário da empresa X reclamando do funcionário da empresa Y é ouro?”, Helton Simões Gomes.

“É ouro. E nesse caso é até um diamante mais lapidado, porque já está na linguagem da plataforma”, Diogo Cortiz.

Recentemente, a prática foi alvo de ação da ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados). A entidade exigiu que a Meta suspendesse o uso de dados dos usuários para treinar sua IA.

Depois de a empresa de Mark Zuckerberg implantar maior transparência ao processo, a técnica foi liberada pela ANPD.Continua após a publicidade

Para Helton, o treinamento feito pela Meta possui uma utilidade bastante evidente, já que a IA da Meta será acionada em diferentes plataformas para interagir com as pessoas.

“Mas no caso do LinkedIn, está meio nebuloso”, Helton Simões Gomes.

“Está nebuloso porque a gente não sabe quais são os produtos e serviços que o LinkedIn vai desenvolver”, Diogo Cortiz.

Fonte: TILT/UOL