Ter um cachorro diminui o risco de mortalidade, revela estudo
Uma pesquisa publicada nesta terça-feira (8) revelou que ter um cachorro diminuiu em 24% a chance de mortalidade de uma pessoa. A pesquisa foi realizada com quatro milhões de pessoas nos Estados Unidos, Canadá, Escandinávia, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido e publicado na revista “Circulation” da Associação Americana do Coração (AHA, na sigla em inglês).
Tutores de animais podem viver mais e se beneficiar de uma saúde cardiovascular melhor que os demais, segundo uma nova pesquisa.
De acordo com um estudo publicado na revista Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes (Qualidade e resultados para uma boa saúde cardiovascular), o convívio íntimo com cães pode ser particularmente benéfica para sobreviventes de ataques cardíacos e derrames que vivem sozinhos.
A pesquisa, realizada por professores da Universidade de Uppsala, na Suécia examinou residentes suecos com idades entre 40 e 85 anos que sofreram um ataque cardíaco ou derrame entre 2001 e 2012.
O estudo constatou que as pessoas que sofreram um ataque cardíaco e moravam sozinhas tinham 33% menos chances de morrer após serem liberadas do hospital caso fossem tutores de um cão.
Enquanto isso, para as vítimas de derrame que eram donos de cães, o risco de morte era 27% menor.
Resultados de uma meta-análise separada publicada na mesma revista apoiaram os resultados do estudo.
A análise examinou um conjunto de dados envolvendo 3,8 milhões de pessoas extraídos de 10 estudos diferentes e descobriu que os tutores de cães tinham 65% menos probabilidade de morrer após um ataque cardíaco.
Os autores concluíram que o menor risco de morte associado à convivência e companhia de cães pode ser devido ao aumento da atividade física relacionada às caminhadas regulares dos cães e à diminuição da solidão e da depressão que foram associadas à presença de cães em estudos anteriores.
Tove Fall, professor da Universidade de Uppsala, na Suécia, disse: “Sabemos que o isolamento social é um forte fator de risco para piores resultados de saúde e morte prematura”.
“Estudos anteriores indicaram que os tutores de cães experimentam menos isolamento social e têm mais interação com outras pessoas. Além disso, manter um cão é uma boa motivação para a atividade física, que é um fator importante na reabilitação e na saúde mental”.
Mas Fall acrescentou que são necessários mais estudos para atuar sobre os resultados de uma maneira que apoie os pacientes com ataque cardíaco e derrame.
“Mais pesquisas são necessárias para confirmar uma relação causal e dar recomendações sobre a prescrição de cães para prevenção”, disse Fall.
“Além disso, do ponto de vista do bem-estar animal, os cães só devem ser adotados por pessoas que sentem que têm responsabilidade, capacidade e conhecimento para dar uma boa vida ao animal”.
Fonte: ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais