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Trabalhadores da alimentação vão denunciar a JBS ao Ministério Público e entrar com dissídio na Justiça do Trabalho

Os trabalhadores das indústrias da alimentação do estado de São Paulo devem denunciar ao Ministério Público do Trabalho as práticas antissindicais na empresa JBS, especialmente nas unidades das cidades de Amparo e Jaguariúna, onde é feito o abate de frango. Em seguida, devem entrar com pedido de dissídio na Justiça do Trabalho, segundo Marcos Araújo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Campinas.

A data-base da categoria é 1º de Maio e as negociações ocorreram até a Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo) e os sindicatos filiados recusarem o reajuste de 6,88% oferecido pela JBS.

“A empresa, que é dona de quase todo o setor, travou as negociações. A solução foi mobilizar os trabalhadores nas portas das unidades do grupo JBS. Nas primeiras assembleias foram decretadas greves. Ontem (dia 5) e hoje (dia 6) foram feitas novas assembleias em Amparo e Jaguariúna para ratificar a greve”, declarou Araújo.

duas unidades, a empresa colocou seguranças dentro dos ônibus para conduzirem os trabalhadores para dentro das unidades, intimidando-os parar eles não participarem das assembleias.

“Realizamos a assembleia na JBS unidade Jaguariúna e suspendemos, por tempo indeterminado, a greve diante dos fatos ocorridos, inclusive conosco, com seguranças dentro dos ônibus, ameaçando e intimidando trabalhadores. Os ônibus entraram direto com os trabalhadores, não havendo como realizar a assembleia com todos, mas temos consciência e iremos desenvolver novas estratégias e tenham certeza que sairemos fortalecidos “, afirmou Araújo. “A JBS terá resposta à altura, não tenham dúvida”, enfatizou.

Araújo desabafou em sua página no Facebook: “minha avó falava: tudo se ajeita meu neto o mundo dá vorta. Esses dias ouvi em Minas Gerais um dito popular ‘a linha segue a agulha e não o contrário’, portanto nós fazemos as riquezas desse País. Somos nós a força que move esse País e esses inescrupulosos somente retiram seus lucros e exploram a mão de obra até não ter mais o que sangrar e fecham, mandam embora e não tem preocupação com o lado social”.

“JBS dá exemplo de como não se deve tratar seus trabalhadores e nós sindicalistas e trabalhadores unidos vamos ensinar a ela como merecemos ser tratados e o poder que temos”, destacou.

Estão em negociação a Convenção Coletiva de 10 mil trabalhadores das bases dos sindicatos das cidades de Jaguariúna, Amparo, Votuporanga, Nuporanga, Boituva e São José do Rio Preto.

Fonte: Força Sindical

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