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Acordo Coletivo da Funcamp é aprovado com 73,62% dos votos

As trabalhadoras e trabalhadores da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp – Funcamp, aprovaram na última sexta-feira, dia 13 de abril, com 73,62% dos votos, a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho de 2017. Embora a Funcamp tenha antecipado o índice de reajuste e detalhes do Acordo na semana antes da assembleia, 690 trabalhadoras e trabalhadores compareceram para votar. Foram 508 votos favoráveis ao Acordo, 179 contrários, vindos principalmente da área da saúde, 2 nulos e 1 branco.

Negociação difícil – A Diretoria do SEAAC Campinas e Região, realizou a Assembleia para apresentação e discussão do Acordo Coletivo de Trabalho, relativo a 1º de agosto de 2017 e explicou o processo de negociação, que começou com proposta da Funcamp de 0% de reajuste em setembro do ano passado e, depois, reajuste escalonado dependendo da faixa salarial, oferecido na primeira Mesa Redonda da DRT. Finalmente, em final de março, a Funcamp chegou ao índice mínimo aceito pelo Sindicato, para submeter à apreciação e votação dos trabalhadores e trabalhadoras em assembleia.

A proposta final da Funcamp chegou ao mínimo exigido pelo Sindicato, reposição integral da inflação acumulada de 2,08%, mais 1% de aumento real, totalizando 3,08%, ou seja o mesmo índice conquistado pela categoria de Assessoramento, em agosto do ano passado. O índice garante a reposição das perdas integrais da inflação e ainda assegura aumento real de 1% sobre a base dos salários.

Somente quem ganha o piso salarial terá reajuste superior: sendo de 3,93% para os que exercem as funções de “office boy”, ou mensageiro, recepcionista, faxineiro, porteiro, auxiliar de serviços gerais, copeira, vigia, entrevistador de pesquisas de campo, auxiliar da área técnica ou científica, atendente de negócios, atendente de telemarketing, jardineiro, ajudante de cozinha e auxiliar de limpeza. Para as demais funções que recebem o piso salarial, o reajuste será de 3,55%.

Com a aprovação do Acordo Coletivo as diferenças salariais de agosto de 2017 a fevereiro de 2018, serão pagas em quatro parcelas, sendo a primeira em 8 de maio.

Vale-refeição e alimentação
O reajuste dos vales-refeição e alimentação será de 2,08%, apenas com reposição da inflação, passando, respectivamente a R$ 20,92, o unitário e R$ 221,05, totalizando um benefício de R$ 681,29 (no mês em que houver 22 dias trabalhados). As diferenças dos benefícios (vale-alimentação e auxílio-refeição) relativas ao período de agosto/2017 a abril/2018, serão creditadas em uma parcela, em até 10 dias, contados da data da assembleia dos trabalhadores, ou seja, até o dia 23 de abril.

Os demais benefícios como auxílio creche, auxílio filho especial, adicional de permanência, seguro de vida, complementação auxílio previdenciários terão reajuste de 3,08% (inflação, mais 1% de aumento real).

Com a aprovação do Acordo Coletivo, está garantida a estabilidade no emprego para todos os trabalhadores e trabalhadoras até 31 de julho de 2018, quando se encerrará a vigência do ACT.

Confira as principais cláusulas econômicas conquistadas
Piso Salarial office boy”, ou mensageiro, recepcionista, faxineiro, porteiro, auxiliar de serviços gerais, copeira, vigia, entrevistador de pesquisas de campo, auxiliar da área técnica ou científica, atendente de negócios, atendente de telemarketing, jardineiro, ajudante de cozinha e auxiliar de limpeza R$ 1.215,00
Piso Salarial demais funções R$ 1.295,00
Vale-alimentação R$ 221,05
Vale-refeição R$ 20,92
Adicional de permanência R$ 58,00
Auxílio creche R$ 434,07
Auxílio filho especial R$ 434,07

Sustentação financeira do Sindicato – A presidente do SEAAC Campinas, Elizabete Prataviera, fez um apelo para que os trabalhadores e trabalhadoras da Funcamp autorizem o desconto das contribuições assistencial e sindical, que são as fontes de sustentação do Sindicato. “Se vocês acham que as conquistas de hoje neste Acordo Coletivo de Trabalho não são as ideais, saibam que sem o trabalho do Sindicato vocês correm o risco de ter reajuste 0%, como queria a Funcamp e ainda podem perder cláusulas que conquistaram com muita luta nestes anos todos. O Sindicato depende do dinheiro do trabalhador para continuar com sua ação e contamos com vocês para que esta luta continue, porque somente juntos somos fortes e podemos barrar os retrocessos trazidos pela nova lei Trabalhista”, apelou.

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