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Brasil gasta R$ 5 bi por ano com atendimento a vítimas de violência

Estudo inédito feito a pedido do Banco Mundial e divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que o sistema de saúde pública do Brasil gasta R$ 5,14 bilhões por ano para atender vítimas de violência. O número significa aumento de 130%, em valores corrigidos em relação ao ano de 2004, quando o último estudo do tipo foi feito. O montante gasto na época havia sido de R$ 2,2 bilhões.

“É um custo extremamente elevado gasto com uma ação que pode ser prevenida, afinal a violência pode ser prevenida. E se mostra mais importante agora, quando o orçamento da Saúde é pressionado por problemas como o zika”, afirmou sociólogo Renato Sérgio de Lima, vice-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, responsável pelo estudo.

Os cálculos de Lima têm como base o ano de 2013 e foram corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) para o ano de 2015. O valor é referente ao atendimento de pacientes feridos por causas externas – principalmente, agressões e acidentes de transporte. O valor foi obtido a partir de informações do Sistema Único de Saúde (SUS).

Outro cálculo feito por Lima foi do chamado “custo social”: o que o País deixou de produzir por ter parte de sua população atingida pela violência. A conta é feita estimando os anos de vida produtivos que as vítimas da violência perdem a partir de uma expectativa de produção. Segundo o estudo, esse custo, em valores corrigidos, chega a R$ 133 bilhões, o que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013.

A divisão de gastos por Estado coloca São Paulo como o que mais gasta. “Há uma alta correlação com o tamanho da população de cada Estado”, destaca Lima. “Minas Gerais e Bahia são os Estados que mostraram gastos mais preocupantes”, continua o pesquisador. Lima destaca ainda, no estudo, a dificuldade de obtenção de informações padronizadas dos Estados para dados da segurança pública. Uma das recomendações da pesquisa ao Banco Mundial é fomentar ações para fortalecer as bases de informações.

Fonte: Estadão

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