Com categoria mobilizada, greve no INSS cresce e atinge 23 estados mais o Distrito Federal
A greve dos trabalhadores e trabalhadoras do INSS, iniciada no último dia 16, ganhou a adesão em mais dois estados – Paraná e Sergipe-, nesta segunda-feira (22), atingindo, no total, 23 estados mais o Distrito Federal.
Há paralisação nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
Nos demais estados, a categoria está em processo de mobilização e há greve parcial de servidores dos ministérios da Saúde e do Trabalho, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, segundo o mais recente balanço nacional divulgado pela Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social).
A mobilização se ampliou mesmo após a reunião da Mesa Específica e Temporária da Carreira do Seguro Social, realizada no último dia 16 e agendada pelo governo após o anúncio da greve. Apesar de o governo ter apresentado pequenas mudanças em sua proposta, os sindicatos consideraram as medidas muito aquém da pauta de reivindicações aprovada pelos trabalhadores.
Nova reunião
Na sexta-feira (19), pedidos de novas reuniões com o governo, para seguir a negociação sobre as reivindicações salariais, de valorização da carreira e condições de trabalho no INSS, foram protocolados pela Fenasps. Nesta quarta-feira (24), uma reunião está agendada com o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
Categoria mobilizada
A Fenasps orienta que os servidores e servidoras se mantenham mobilizados (as), ampliando a greve nacional em todos os locais, e o calendário de luta segue.
Em várias agências, há realização de piquetes, distribuição de cartas abertas que expõem os motivos da paralisação e a importância da defesa do SUS e da Previdência Social à população.
Na semana passada, dias 18 e 19, servidores públicos da Saúde e do Trabalho realizaram 48 horas de paralisação. Em São Paulo, o Sinsprev-SP percorreu unidades de saúde e realizou ato em frente à superintendência do Ministério da Saúde, na capital. A entidade informa uma crescente adesão em unidades do interior.
O Sindicato convoca um novo dia de protestos nesta quarta-feira (24), às 15h, na Superintendência de São Paulo e nas gerências executivas do interior. Já na sexta-feira (26), manifestação está convocada pelos servidores do Ministério da Saúde em frente à superintendência.
Em Minas Gerais, o Sintsprev-MG, filiado à CSP-Conlutas, convocou um ato público na porta da Superintendência Regional do INSS, em Belo Horizonte, nesta terça-feira (23).
No Sinprece, sindicato da categoria no estado do Ceará, também filiado à Central, o chamado também é à unidade e mobilização. “Estamos buscando melhorias para os servidores, mas, acima de tudo, garantir um serviço de qualidade para a população”, declarou a diretora da entidade Ana Claudia Targino, destacando também o descumprimento do governo em relação ao acordo de greve de 2022.
O Sindisprevrs, do Rio Grande do Sul, destaca o crescimento da mobilização na base, em cidades como Porto Alegre, Cerro Largo, Cruz Alta, Esteio, Rio Pardo, Santa Maria, Porto Lucena, Santo Ângelo, Três Passos e Pelotas. Nesta quarta-feira (24), a entidade convoca a concentração dos servidores nas sedes regionais do sindicato.
Todo apoio aos servidores do INSS! Abaixo o arrocho do arcabouço fiscal!
A CSP-Conlutas reafirma todo apoio e solidariedade à greve no INSS e demais categorias da Saúde e do Trabalho, assim como fez em relação aos trabalhadores da educação federal, do meio ambiente e demais categorias do funcionalismo.
Pelo atendimento das reivindicações dos servidores públicos!
Chega de priorizar o arrocho do Arcabouço Fiscal para direcionar dinheiro público para banqueiros e especuladores em detrimento das necessidades dos trabalhadores e de investimentos nos serviços públicos!
Fonte: CSP-Conlutas
