Com cortes de até R$ 2 mil no sálario, trabalhadores da Casa da Moeda se mobilizam
Após mudanças em cláusulas do acordo coletivo, parte dos trabalhadores recebeu contracheques com salários quase zerados
Em estado de greve, os trabalhadores da Casa da Moeda paralisaram a produção de selos, passaportes, moedas e cédulas durante 24 horas na última segunda-feira (3). A mobilização ocorreu após a direção da Casa da Moeda comunicar as modificações feitas nas cláusulas do acordo coletivo, que fez com que parte dos trabalhadores tenha recebido contracheques com salários quase zerados nesta quarta-feira (5), segundo informações do Sindicato Nacional dos Moedeiros.
A mudança anunciada pela direção da estatal faz com que os trabalhadores tenham um aumento do percentual descontado do salário pelo plano de saúde e do auxílio-transporte, além do fim do seguro de vida, como reportou o Brasil de Fato. A estimativa do sindicato é que os cortes representem perda salarial média de R$ 1 mil a R$ 2 mil, isso significa a quase totalidade dos salários de parte dos funcionários da Casa da Moeda.
“A atual diretoria quer destruir a Casa da Moeda e tudo o que ela representa. A maioria são diretores que vêm do Instituto Millenium, são ligados ao Paulo Guedes [ministro da Economia] e ao liberalismo”, afirma o diretor de comunicação do Sindicato Nacional dos Moedeiros, Edson Francisco da Silva, lembrando que a mobilização também é contra a privatização da Casa da Moeda, anunciada por Jair Bolsonaro.
Após a paralisação das atividades, uma comissão de trabalhadores foi recebida pelos diretores da empresa, mas, segundo o sindicato, a negociação não teve avanços.
Fonte: Brasil de Fato