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Defensora que chamou entregador de macaco no RJ tem 5 processos de injúria racial

A defensora pública aposentada Cláudia Alvarim Barrozo, 59, gravada agredindo verbalmente entregadores negros, no último sábado (30), em vídeo em que chama um deles de ‘macaco’, em um condomínio de luxo de Niterói (RJ), tem cinco passagens anteriores pela polícia por injúria racial. Além disso, a reportagem do UOL apurou que as investigações tiveram início em 2014 e que há ainda uma sexta anotação policial antes do caso deste final de semana, mas por lesão corporal e constrangimento.

Claudia Barrozo foi intimada a prestar esclarecimentos na tarde desta quinta-feira (5) na 81ª DP (Itaipu), porém alegou que já tinha “compromissos” e pediu para que a ouvida fosse adiada para a semana que vem.

Hoje pela manhã, Eduardo Pessanha Marques e Jonathas de Souza Mendonça estiveram na delegacia para serem ouvidos novamente. “A sensação que eu tive era de que eu estava em um filme, em uma novela e que aquilo não poderia estar acontecendo”, disse Eduardo, que gravou o vídeo flagrando o crime.

De acordo com o delegado Carlos César Santos, atualmente “as pessoas denunciam, não se calam, por isso a incidência [do crime de injúria racial] é maior hoje em dia”. Os agentes irão analisar imagens de câmeras de segurança.

A reportagem do UOL tentou contato com a defensora pública aposentada através das redes sociais e por telefones de advogados que já a representaram, porém não obteve sucesso até o momento. O espaço segue aberto para esclarecimentos e será atualizado tão logo haja manifestação.

“A Defensoria Pública, como o nome diz, é um órgão público que foi criado para assistir pessoas que não têm condições financeiras. Fica contraditório uma defensora pública agir dessa maneira, de maneira contrária ao seu juramento”, destaca Joab Gama, advogado dos entregadores que foram vítimas de injúria racial.

A Defensoria Pública reforçou que Cláudia Barrozo não atua mais como defensora pública por estar aposentada desde novembro de 2016. Duas das passagens policiais por injúria racial, verificadas pela reportagem, foram registradas em 2014.

Fonte: UOL

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