Ultimas notícias

Diferenças de Gênero

Na manhã do último sábado, dia 9, as trabalhadoras da categoria dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio e associadas ao SEAAC de Araraquara e Região puderem se conhecer melhor e entender ainda mais as diferenças entre homens e mulheres dentro e fora do mercado de trabalho. O SEAAC realizou o 7º Encontro Regional da Mulher EAA com palestra da psicóloga Camila Guskuma Sambataro, que abordou o tema ‘Igualdade Salarial entre homens e mulheres: um desafio para o movimento sindical’. O evento ocorreu no SESC Araraquara.

 

O presidente do SEAAC, Ítalo José Rampani, agradeceu a presença de todas as trabalhadoras e destacou a importância das participantes nos eventos. “Vocês são o principal motivo de existência do sindicato e de palestras informativas como a que realizaremos neste Encontro. Hoje vou observar e aprender juntamente com vocês”, disse o presidente.

 

A diretora da Secretaria da Mulher da FEAAC e presidente do SEAAC de Campinas e Região, Elizabete Pratavieira, contou sobre os projetos da Secretaria, dos Encontros e enfatizou que estão nos sindicatos as sementes de mudança para ampliar os direitos das mulheres e conscientizá-las para uma melhor condição de vida. “Foi em encontros como este (Encontro Regional da Categoria) que surgiram as mulheres dentro dos sindicatos. Por isso, temos de unir nossas forças em busca de melhores condições para as nossas trabalhadoras.” Elizabete também falou sobre a estrutura dos Encontros Regionais, dos quais sairão as participantes para o Encontro Estadual da Mulher EAA, lugar de debate em que muitas mulheres se revelaram e foram em busca de seus direitos, e assim surgiram dirigentes sindicais, que atualmente ocupam cargos de liderança no espaço sindical.

 

Em seguida, a dirigente Helena Ribeiro da Silva, diretora da Secretaria Geral da FEAAC, representando o presidente da Federação, Lourival Figueiredo Melo, cumprimentou as trabalhadoras que participam desde o primeiro Encontro da Mulher da FEAAC e comemorou a chegada as novas trabalhadoras. “A participação das mulheres no mercado de trabalho, crescente a cada dia não melhorou as condições de trabalho, como carga horária e salários. Portanto a luta sindical deve ser incansável em busca de um caminho que priorize uma negociação que permita a igualdade de gênero, tanto no universo público quanto no privado”, destacou a dirigente que também é presidenta do SEAAC de Americana e Região.

 

A psicóloga Camila Sambataro, pós graduada em Gestão Organizacional e Recursos Humanos, encaminhou uma palestra visual e auto reflexiva. A profissional realizou diversas atividades de relacionamentos intra e interpessoal, levando as participantes a se conhecerem melhor. “O modo como nos vemos ajuda a definir o que estamos buscando e se conseguiremos conquistar nossos objetivos”, explicou Camila.

 

Durante a palestra, a psicóloga exibiu vídeos que levaram as trabalhadoras a pensarem sobre as diferenças entre os homens e as mulheres, além de vídeos autoajuda, nos quais o enfoque principal estava em acreditar que a saída para algumas questões de gênero estão, antes de tudo, dentro de cada indivíduo, e passam pelo olhar que cada um tem de si mesmo.

 

Sobre o tema da palestra – Igualdade salarial: um desafio para o movimento sindical – Camila apresentou alguns números e pesquisas feitas por setores de Recursos Humanos de empresas que apresentam, como foco principal, o ponto de vista masculino. “Ou seja, de que maneira o homem encara o fato de ganhar menos que a mulher. Quando isso ocorre, o homem se sente humilhado e lhe é negado o seu papel histórico de “provedor”. Sente-se não cumprindo o seu papel de homem, ocasionando um conflito interno que pode até tirar-lhe o sono”, explicou a palestrante, apontando como causa dessa atitude os princípios e valores que norteiam a sociedade patriarcal.

 

Camila promoveu ainda uma reflexão sobre algumas informações relativas ao mercado de trabalho. “As mulheres estão estudando mais que os homens, mesmo assim ganham 30% a menos em relação ao público masculino, desempenhando as mesmas funções. O número de mulheres também é maior áreas de administração pública e serviços domésticos”, pontuou.

 

Nos vídeos em que destacou as diferenças entre homens e mulheres, Camila buscou a essência destas diferenças nos primórdios da civilização, exemplificando o momento em que homens e mulheres desenvolveram padrões de comportamento diferentes pela adaptação. Os vídeos abordavam situações corriqueiras em que homens e mulheres agem de maneiras muito diferentes, e essas habilidade foram desenvolvidas durante o processo adaptativo que remonta os primórdios da humanidade.

 

“Tudo parte de um ponto dentro de cada um e este ponto é a vontade de conquistar, de mudar. E nós mulheres precisamos partir deste ponto para mudar e conquistar”, finalizou a palestrante que ainda citou o livro Por Que Os Homens Fazem Sexo e As Mulheres Fazem Amor?, do autor Allan Pease, como fonte de pesquisa para as principais informações da palestra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.