Encontro Regional
As trabalhadoras da categoria EAA marcaram presença no 7º Encontro Regional da Mulher realizado pelo SEAAC de Araçatuba e Região. O evento contou com palestra da socióloga Daniela Sanches Carrara, abordando o tema Gênero e Sindicalismo: o que muda com este conceito. O Encontro ocorreu na manhã do último sábado, dia 26, na sede do sindicato.
O presidente do SEAAC de Araçatuba, Dionésio Alves de Souza, abriu o evento agradecendo a presença das trabalhadoras e associadas, destacando a importância da mulher no movimento sindical. “É com muita satisfação que realizamos este trabalho pensando no bem de nossas trabalhadoras. Mais satisfatória e ver todas vocês participando deste evento”, disse o presidente.
A diretora do SEAAC, Vanessa I. Ferreira, fez um convite às trabalhadoras. “A participação de vocês é muito importante. Sei que há um receio no início, pois eu já passei por isso. Mas, temos que nos unir para conquistar nossos direitos e melhorias para as trabalhadoras e os trabalhadores”, destacou Vanessa.
A diretora da Secretaria da Mulher, Criança e Adolescente da FEAAC e presidente do SEAAC Campinas, Elizabete Prataviera, falou sobre a qualificação das mulheres e reforçou o convite da diretora Vanessa. “Temos que ter mais mulheres atuando dentro dos sindicatos para fazermos a diferença nos movimentos sindicais, nas mesas de negociações e nas políticas públicas”, falou a secretária que também é presidente do SEAAC de Campinas e Região.
Representando o presidente da FEAAC esteva a diretora da Secretaria Geral, Helena Ribeiro da Silva, também presidente do SEAAC de Americana e Região. “Mais que qualificação, precisamos de comprometimento por parte das mulheres. Estamos desde 1996 nesta luta árdua, conquistamos muitas coisas, mas ainda precisamos de mais e para isso, necessitamos de mulheres comprometidas”, explicou a secretária geral da FEAAC.
Palestra
A socióloga Daniela Sanches Carrara abriu a palestra contando sobre o seu trabalho dentro dos sindicatos e apresentou um vídeo que destaca o pensamento de um mundo sem distinção de gênero. “Para abordar este tema, precisamos primeiramente entender o que é gênero e de onde surgiram as desigualdades, para depois compreender a significação do sexo dentro do sindicato”, explicou a socióloga. Daniela disse que as desigualdades entre homens e mulheres surgiram de conceitos culturais implantados na educação e na sociedade, como o homem é mais forte que a mulher, entre outros.
Após o surgimento e os conceitos da desigualdade de gênero, a socióloga pontuou as principais dificuldades das trabalhadoras apresentadas durante o 6º Encontro Estadual da Mulher EAA e analisou o que foi e o que pode ser mudado. “Atualmente, vemos com outros olhos a atuação das mulheres no mercado de trabalho, nos sindicatos e na sociedade de forma geral. Mas que olhos são estes?”, questionou Daniela. “Temos que olhar este cenário com olhos conscientes das dificuldades e dos pré-conceitos existentes, sendo atuantes nos movimentos sindicais e construindo nosso espaço.”
A palestrante destacou ainda a necessidade e a importância em debater a desigualdade de gênero. “A discussão no movimento social e sindical tem permitido uma melhor compreensão e reconhecimento da participação da mulher no trabalho produtivo.”
Logo após a palestra, as participantes apresentaram dúvidas e debateram sobre suas próprias realidades dentro de casa e do trabalho. “Refletimos para ter consciência”, finalizou Daniela.