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Frentistas de São Paulo se mobilizam contra emenda do autosserviço em postos de combustíveis

Congresso tem até o próximo dia 10 para votar a Medida Provisória 1.063/2021

Convocada pela Federação paulista da categoria – FEPOSPETRO -, uma reunião online entre dirigentes dos dezoito sindicatos dos frentistas do estado de SP debateu novas ações de mobilização contra a emenda do deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) à Medida Provisória nº 1.063,  que tem por objetivo revogar a Lei nº 9.956/2000, que desde 2000 proíbe o autosserviço (self-service) nos postos de combustíveis no Brasil.  

Durante o encontro, realizado na última quinta-feira 28, Luís Arraes, presidente da Fepospetro e do Sinpospetro de Osasco falou sobre os resultados obtidos   a partir de uma agenda cumprida em Brasília, dias antes, para tentar unir apoio contra a medida que ameaça os empregos de 500 mil trabalhadores e a saúde de todos os brasileiros. 

“Consideramos a ação muito produtiva, pois diversos deputados se mostraram interessados e solidários ao nosso pleito”, disse Arraes, sobre a comitiva, da qual participaram ainda outras lideranças da categoria, como Eusébio Pinto Neto, presidente da Federação Nacional dos Frentista. 

Da reunião online, as atividades definidas pelos dirigentes dos sindicatos do estado de São Paulo incluem o envio de ofícios endereçados a deputados federais de suas respectivas bases, bem como aos líderes partidários. 

“Vamos argumentar, por exemplo, que o preço do combustível é composto, na maior parte, pela carga tributária. Os impostos federais e estaduais são os principais vilões no preço. Depois, tem o monopólio das distribuidoras, seguido pelo lucro de revenda e transporte. Por último, temos o salário do trabalhador, que não representa 3% do valor final do combustível”, critica o sindicalista. 

Também durante a reunião ficou acertada a intensificação, pelas entidades, das ações de comunicação nas bases e, sobretudo, nas redes sociais e sites das entidades, com foco na divulgação de conteúdos de esclarecimentos aos trabalhadores.

Um ponto a ser bastante explorado é o da falácia do argumento que ancora a emenda, de que o fim da mão de obra de serviços impactaria na diminuição do preço da gasolina.  Além disso, para o dirigente, uma outra questão a ser considerada é a segurança pública. Ele sugere: “Imagine chegar num posto para abastecer o carro à meia-noite, sem frentista, sem trabalhador. Facilita até o assalto”. 

Até o próximo dia 10, que é prazo de votação do Congresso  da  Medida Provisória 1.063/2021, outras ações de luta contra a emenda 1.063 devem se somar à mobilização dos frentistas de São Paulo.  

Fonte: Força Sindical

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