Governo federal ajudará estados e municípios para não faltar água
Apesar de ser competência dos estados e municípios garantir o abastecimento de água á população, o governo federal não medirá esforços para apoiar estados e municípios em busca de soluções emergenciais e estruturantes para os problemas da falta de água, como ocorre atualmente em São Paulo e outros estados.
A presidenta Dilma Rousseff autorizou que o apoio solicitado pelo governo de São Paulo para a obra de interligação do rio Itaibinha ao rio Jaguari fosse incorporada ao PAC. A presidenta Dilma Rousseff autorizou que o apoio solicitado pelo governo de São Paulo para a obra de interligação do rio Itaibinha ao rio Jaguari fosse incorporada ao PAC. A informação foi dada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, após reunião entre ministros realizada na sexta-feira,dia 23, no Palácio do Planalto, para avaliar a situação hídrica brasileira. “Não vai ter qualquer restrição em seus esforços para apoiá-los em soluções que assegurem, emergencialmente e de maneira estruturante, a oferta de água no Brasil”, afirmou a ministra após a reunião.
Izabella lembrou que a presidenta Dilma Rousseff autorizou, na semana passada, que o apoio solicitado pelo governo de São Paulo para a obra de interligação do rio Itaibinha ao rio Jaguari fosse incorporada ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e, portando, fosse colocada em Regime Diferenciado de Contratação (RBC).
“São R$ 830 milhões com que o governo federal apoia o governo de São Paulo para a realização de obras estruturais importantes, que vão assegurar, em médio prazo, oferta adicional de água para a cidade de São Paulo”, explicou a ministra. A obra fará a interligação entre o reservatório de aproveitamento hidrelétrico Jaguari (UHE), que fica no rio Jaguari, na bacia do Paraíba do Sul, ao reservatório do rio Atibainha, parte do Sistema Cantareira, localizado na bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
“Esse é um exemplo de como vamos trabalhar em parceria e continuaremos trabalhando em parceria, não somente com o governo de São Paulo, como também com o governo do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Tive oportunidade de falar com os governadores e seguiremos acompanhando, monitorando e construindo soluções em parceria”, garantiu.
Monitoramento compartilhado
Segundo a ministra, o encontro entre ministros avaliou toda a situação hídrica brasileira, “não apenas quanto aos aspectos relativos à atual seca vivida pelo País, mas também relativa às chuvas no Rio Madeira, no Amazonas” e às inundações que estão acontecendo, de forma semelhante ao que ocorreu em 2014.
“O governo federal tem uma estratégia de monitoramento diário e estamos trabalhando com esses dados, não somente a Agência Nacional de Águas (ANA), como também o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem), com os dados de previsão de chuva”, explicou a ministra.
Durante a reunião, os ministros também discutiram como poderão trabalhar para ter informações coordenadas conjuntamente pelas pastas ligadas ao assunto, para que todos possam ter a mesma informação. “A ANA vai tornar disponível todos os dados de monitoramento da agência, para que todos os ministérios, Integração, Defesa Civil, Minas e Energia, Desenvolvimento Civil e Agricultura, todos possam fazer uso desses dados”, disse.
De acordo com as informações dos órgãos de monitoramento, choveu muito aquém do esperado em janeiro. “Mas temos promessa de chuva na próxima semana, então vamos continuar avaliando. E temos aí os meses de fevereiro, março e abril, que são meses que se tem cenário de chuva”, concluiu a ministra.
Fonte: Vermelho/com agências