Máscaras de algodão caseiras são eficazes contra o coronavírus, afirma estudo nos EUA
Teste de universidade americana com 14 tipos de máscaras contra o coronavírus mostrou que as de algodão reduzem em até 90% a emissão de gotículas na fala
As máscaras caseiras feitas de tecido de algodão são eficientes para evitar a proliferação do coronavírus. Testes mostram que ela é capaz de reduzir em até 90% a emissão de gotículas na fala, principal meio de transmissão da covid-19, doença causada pelo vírus. Os resultados foram obtidos em um estudo da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e publicados na revista Science Advances. Por outro lado, proteções feitas com tricô, lã ou uso de bandanas para cobrir o rosto protegem muito pouco.
Utilizando caixas de som para simular a fala, feixe laser, câmeras e um algoritmo de computador, os pesquisadores conseguiram estimar a dispersão de partículas de saliva na fala de uma pessoa. Primeiro foi estimada a quantidade de gotículas emitidas na fala sem nenhum tipo de proteção.
Uma das melhores máscaras contra o coronavírus no teste foi a N95, utilizada por profissionais de saúde, que teve emissão de partículas quase zero. Igualmente, a máscara cirúrgica de três camadas, também utilizada por profissionais de saúde ficou bem perto de zero emissão de gotículas. A máscara N95 com válvula apresentou boa proteção para a pessoa que a utiliza, mas uma maior emissão de gotículas de saliva, equivalente a 18% do que emite uma pessoa sem máscara.
Algodão em camadas
No caso das máscaras de algodão para evitar a proliferação do coronavírus, faz diferença a quantidade de camadas utilizadas. A melhor foi a de dupla camada de tecido franzido, artesanal. A emissão de partículas foi equivalente a 10% do que emite uma pessoa falando sem máscara. Já a máscara com apenas uma camada de algodão franzido permitiu emissão de pouco mais de 20%.
A máscara de algodão com duas camadas lisas também teve bom resultado, mantendo a dispersão de partículas próxima de 15%. Já uma máscara de algodão de duas camadas com proteção intermediária, feita de polipropileno – material sintético, como os tecidos TNT – foi ainda mais eficiente, ficando próximo de 5% da emissão. Se a máscara for somente de polipropileno o efeito é praticamente o mesmo.
Já o uso de cachecóis de lã ou tricô para cobrir o rosto, assim como bandanas, não é recomendado para substituir as máscaras contra o coronavírus. No caso da lã, o spray de partículas de saliva foi superior à da fala sem máscara, porque o tecido provoca uma maior dispersão das gotículas.
Confira a relação completa dos tipos de máscaras contra o coronavírus:
- Máscara cirúrgica, 3 camadas
- Máscara N95 com válvula de exalação
- Máscara tricotada
- Máscara de avental de polipropileno, 2 camadas
- Máscara de algodão-polipropileno-algodão, 3 camadas
- Máscara Máxima AT, 1 camada
- Máscara de algodão franzido, 2 camadas
- Máscara de algodão liso, 2 camadas
- Máscara de algodão franzido, 2 camadas
- Máscara de algodão franzido, 1 camada
- Cachecol de lã
- Bandana de camada dupla de tecido
- Máscara de algodão, 2 camadas
- Máscara N95, sem válvula de exalação
Fonte: Rede Brasil Atual