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Protesto contra aplicação da reforma trabalhista foi forte e nacional

Ocorreram manifestações em 27 capitais e grandes cidades do País

Na véspera de entrar em vigor a agressiva reforma trabalhista de Temer, o sindicalismo mostrou unidade e poder de mobilização. O Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos realizado sexta (10) cumpriu o prometido: protestou, fez greves e principalmente paralisou.

O protesto chamado pelas entidades de base, com forte apoio das Centrais Sindicais na reta final, teve duplo formato: nos locais de trabalho, especialmente fábricas (com destaque para o sindicalismo metalúrgico), foi de massa; nas manifestações públicas agregou dirigentes, militantes, ativistas e grupamentos de categorias mais urbanas.

Além das paralisações nas fábricas em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, entre outros centros industriais, ocorreram manifestações nas 27 Capitais do País e grandes cidades ou polos econômicos pelo Interior. A mobilização uniu categorias de peso, como petroleiros, químicos, condutores, professores, bancários, portuários, servidores, comerciários, frentistas, padeiros, trabalhadores na alimentação e construção civil.

Para o consultor sindical João Guilherme Vargas Neto, “a jornada foi cumprida com êxito, dentro do esperado”. Segundo ele, a forte predominância metalúrgica expressa o acúmulo de ações do movimento Brasil Metalúrgico e também se encaixa nas campanhas salariais da categoria. Ele menciona o cartaz unitário do ato e arremata: “É o acorda peão em marcha”.

O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel, relatou à Agência Sindical como foi a mobilização da categoria. “Ocorreram manifestações na virada de turnos das refinarias em todo o País, bases administrativas do Sistema Petrobras e aeroportos, onde há embarque de trabalhadores para as plataformas em alto mar”, contou.

“Começamos a parar as fábricas ontem (quinta) à noite no Norte de Minas, em Pirapora. Temos paralisações de metalúrgicos, eletricitários, petroleiros e outras categorias em muitas regiões Temos que organizar a greve geral, caso o governo tente aprovar a reforma da Previdência”, ressaltou Zé Maria de Almeida, dirigente da Federação Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais.

São Paulo
A manifestação na Praça da Sé, ponto histórico das jornadas democráticas, reuniu em SP no final da manhã os principais dirigentes das Centrais Sindicais e outras entidades. O Fórum Sindical dos Trabalhadores, que congrega 22 Confederações, também marcou presença.

Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA e coordenador do FST, destacou o caráter nacional do movimento e atos fortes em várias cidades. Sua fala: “Os companheiros relatam protestos em todas as Capitais. Estive em Campinas cedo e o ato estava muito forte”. Além das críticas à reforma, Artur entende ser preciso politizar o discurso e apertar a fiscalização sobre deputados e senadores.

Juruna
João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, valorizou a unidade do sindicalismo e a capacidade de mobilização. Diz Juruna: “O protesto mostra não só nosso repúdio ao corte de direitos. Ele acumula forças para futuras negociações com o patronato, o Congresso e o próprio governo”.

Miguel Torres, presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical, informou que “nas últimas semanas, aconteceram, em todo o País, diversos encontros, seminários, congressos, jornadas e outros eventos destinados a debater a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), avaliar seus impactos ou orientar a resistência, nas frentes cabíveis. Um dos eventos de peso foi a 2ª Jornada de Direito Material e Processual do Trabalho da Anamatra”.

Fonte: Agência Sindical/Força

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