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Reforma da Previdência “violenta o bem comum”, diz representante da CNBB

Na mesa de abertura dos trabalhos do seminário “Desmonte da Previdência Social no Brasil: a quem interessa?”, realizado pela Rede Jubileu Sul, o representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bispo de Campos (RJ), Dom Roberto Francisco Ferreira Paz, disse que a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro, em discussão na Câmara, “violenta o bem comum”, pois atende apenas as demandas do “capital financeiro”. Dom Roberto Paz é membro da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social Transformadora, da CNBB.

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Dom Roberto Paz, bispo de Campos (RJ), da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da CNBB, Sandra Quintela (Jubileu Sul) e a deputada Talíria Petrone (PSol-RJ) | Foto: Patrícia Antunes

seminário acontece em Brasília. Começou nesta segunda e vai até quarta-feira (29), no Centro Cultural Missionário. O objetivo do seminário sobre essa pauta política, econômica e social é fornecer “informações suficientes para atuar na contra argumentação da proposta da ‘Nova Previdência’ defendida pelo governo Bolsonaro”. O evento tem o propósito de tornar os participantes em “multiplicadores na mobilização da sociedade para o necessário enfrentamento à contrarreforma da Previdência Social, via PEC 6/19”, explica o convite para participação no seminário.

A reforma em debate na Câmara dos Deputados “visa atender o sistema de capitalização” em detrimento do atual regime de repartição simples. “Na capitalização individual, cada trabalhador contribui mensalmente para sua aposentadoria numa conta separada dos outros trabalhadores, como se fosse uma poupança. É diferente do sistema atual — de repartição — em que todos contribuem para um fundo que mantém as aposentadorias e demais benefícios previdenciários e assistenciais”, explica a professora Silvia Barbara, do Sinpro-SP, especialista em Previdência. Leia mais

A proposta “não faz justiça social” e, portanto, “não é cristã”, disse Dom Roberto Paz. Ele acrescentou ainda que a reforma tal como está formatada só “repercute entre os mais pobres”, “os trabalhadores rurais”. Estes serão os “descartados pela Seguridade Social”, pontuou.

“É preciso debater esse tema com otimismo, a fim de entusiasmar as pessoas. Não podemos ser pessimistas, pois isto não empolga, nem tampouco mobiliza”, disse o representante da CNBB, em suas considerações finais.

Também foi expositora na 1ª mesa do seminário, a deputada federal Talíria Petrone (PSol-RJ). “A quem interessa o ataque a educação pública? A quem interessa o desmonte da Previdência Social? A liberação das armas? A PEC do fim do mundo? A colonialidade permanece viva, são os mesmo de sempre, os mesmos sobrenomes, os conservadores”, disse a deputada em sua fala de encerramento.

Depois da 1ª mesa de exposição do seminário, o evento continuou nesta segunda, com o tema “O mito do déficit da Previdência Social brasileira, argumentos que não se sustentam. Que alternativas?

Com a participação do presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Floriano Martins; e da coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli.

Veja a programação completa do seminário

Fonte: Diap

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