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Registros de estupro ultrapassam marca de 9 mil no estado de São Paulo em 2019

Pessoas em situação de vulnerabilidade, como crianças menores de 14 anos, estão entre os casos mais notificados. Índice é o pior desde 2013

Ao todo, 9.062 casos de estupros foram registrados entre janeiro e setembro no estado de São Paulo. Esse é o maior índice para o período desde 2013, quando pouco mais de 12 mil casos foram notificados no ano inteiro e com queda nos outros dois anos seguintes. Agora, três de cada quatro registros de estupros têm como vítimas pessoas em situação de vulnerabilidade. São as crianças, com até 14 anos, que não conseguem oferecer resistência, e pessoas sob efeito de substâncias psicoativas ou com alguma enfermidade ou deficiência mental que totalizam 6.749 notificações.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, responsável pela divulgação do dados, só em setembro 88% dos estupros foram cometidos por pessoas próximas à vítima, com 70% deles registrados em residências. Para a psicóloga Jacqueline Aymara Gnoatto, do Centro de Direitos Humanos de Sapopemba, na zona leste da cidade de São Paulo, por essas características, esse é um crime de difícil combate, mas que precisa ser enfrentado.

“Elas confiam nessas pessoas, que são pessoas que estão como seus representantes legais, que deveriam cuidar dessas crianças e adolescentes. Mas é por isso que a gente precisa fortalecer a questão da denúncia. Familiares e vizinhos que identifique qualquer tipo de situação podem denunciar pelo Disque 100”, destaca a psicóloga ao repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT.

Especialistas ainda criticaram que ideologias conservadoras, que dificultam o ensino de questões de gênero e educação sexual, queiram impedir que crianças e adolescentes recebam informações que, na verdade, os protegem da violência sexual. De acordo com eles, é importante que os jovens conheçam o próprio corpo e entendam o que é essa violência. “É fundamental a participação do Estado na formulação de políticas públicas tanto na saúde como na educação”, alerta a psicóloga do Instituto Sedes Sapientiae Arlete Salgueiro Scodelario. “Programas de prevenção exatamente nessa direção para que a a gente possa falar e conversar sobre isso.”

Fonte: Rede Brasil Atua.l

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