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Uso da banda larga fixa cresce e da móvel cai. Internet chega a 90% dos domicílios

Quase 30 milhões de pessoas não têm aparelho celular, segundo o IBGEP

Internet
Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Em 2021, pela primeira vez o uso da banda larga fixa superou o da móvel nos domicílios, segundo pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira (16). Na comparação com 2019, os domicílios com conexão via banda larga móvel caiu de 81,2% para 79,2%, enquanto a fixa cresceu de 78% para 83,5%. Ainda há quase 30 milhões de brasileiros sem telefone celular.

Além disso, o instituto registra que a internet agora chega a 90% das residências, ante 84% dois anos antes. A proporção de domicílios com internet subiu de 57,8% para 74,7% na rural, e de 88,1% para 92,3% nas regiões urbanas.

Efeito da pandemia

“O aumento do uso da banda larga fixa pode estar relacionado à pandemia, período em que as pessoas tiveram de manter o isolamento, ficando em casa, o que fez com que a banda larga móvel fosse menos utilizada”, comenta a analista Flávia Vinhaes. “Outro motivo pode ser a expansão do acesso na região Norte, onde o percentual dos domicílios com acesso via banda larga fixa teve incremento representativo, subindo de 54,7%, em 2019, para 70,5% em 2021.”

Ainda de acordo com a pesquisa, o telefone celular continua sendo o dispositivo mais usado para acessar a internet: 99,5% do domicílios. Mas agora, na segunda posição, está a TV, opção mais utilizada em 44,4%, ante 32,3% em 2019. O uso de microcomputadores caiu três pontos, para 42,2%. E o de tablet também recuou, para 9,9% dos domicílios.

TV por assinatura

De acordo com o IBGE, de 2019 para 2021 o número de domicílios com televisão aumentou em pouco mais de 1 milhão, para 69,6 milhões. Mas a proporção de domicílios com TV caiu de 96,2% para 95,5%. Já o percentual de residências com acesso à TV por assinatura recuou de 30,3% para 27,8%. No entanto, houve crescimento na área rural (de 16,4% para 17,8%).

“Nos domicílios sem acesso a serviço de televisão por assinatura, 43,5% não o possuíam por considerá-lo caro e 45,6% por não haver interesse pelo serviço”, informa o IBGE. “Aqueles que não tinham o serviço porque os vídeos (inclusive de programas, filmes ou séries) acessados pela Internet substituíam este serviço representavam 8,7%, enquanto os que não o tinham por não estar disponível na área em que se localizava o domicílio, somente 1,2%.”

Quase 16 milhões de domicílios (22,6% do total) tinham recepção de sinal por antena parabólica. A maior parte em áreas rurais.

O uso de internet cresceu em todas as faixas etárias. Varia de 57,5%, no grupo com 60 anos ou mais, a 94,5% (de 25 a 29 anos).

Voz, vídeo e texto

“Também pela primeira vez desde o início da série histórica, mais pessoas utilizaram a Internet para conversar por chamadas de voz ou vídeo (95,7%) do que para enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (94,9%), que era a finalidade mais frequente até 2019”, relata ainda o instituto. “Completam a lista assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes (89,1%) e enviar ou receber e-mail (62%).”

No ano passado, 28,7 milhões de pessoas não tinham telefone móvel celular para uso pessoal. Esse número representa 15,6% da população de 10 ou mais anos. Para 28,1%, o aparelho é caro. Por sua vez, a proporção de domicílios com telefone fixo foi de 15,6%, ante 23,1% dois anos antes. Também cai a proporção de domicílios com microcomputador – de 41,4% para 40,7%.

Fonte: Rede Brasil Atual