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Vale a pena sacar o FGTS inativo, diz presidente do Sindicato dos Economistas

O governo vai divulgar agora em fevereiro o calendário para o saque das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que estejam inativas, ou seja, cujo último depósito tenha sido feito até 31 de dezembro de 2015.

A Agência Sindical conversou com o presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo, Pedro Afonso Gomes, que recomenda às pessoas sacarem o que têm direito.

Para o economista, compensa gastar de 10 a 15 minutos no celular ou no micro, levantar o saldo e, depois, receber o valor. “Ainda que o montante seja baixo, melhor o dinheiro em circulação do que em mãos do governo, rendendo TR mais 3%, porque isso daria entre 6 e 7% ante uma taxa Selic de 13%”, comenta. O baixo rendimento faz com que o saldo, em 10 ou 12 anos, perca a metade do seu valor, alerta o dirigente dos Economistas.

Contas
Pedro Afonso observa que há cerca de 18 milhões de contas inativas e que 16 milhões delas têm saldo credor inferior a um salário mínimo. No entanto, a soma dessas contas dá algo em torno de R$ 10 bilhões. “Esse valor no mercado, para quitar dívidas ou em pequenas compras, não levanta nossa economia, mas ajuda no micro, na vida das pessoas, seguramente”, avalia. O saldo total das contas inativas seria de R$ 41 bilhões.

Pedro Afonso Gomes não vê dificuldades em fazer o procedimento – “a pessoa gasta poucos minutos, pode baixar o aplicativo no celular”. O primeiro passo, claro, é entrar no site da Caixa Econômica Federal e seguir o passo a passo. Ele recomenda ter em mãos o Cartão do Cidadão, onde consta o número do PIS ou do atual NIS.

Aniversário
O início dos saques, previsto para 13 de março, segundo a Medida Provisória 763/16, seguirá o critério do mês de aniversário do titular da conta, começando por janeiro e fevereiro.

Diap
O site do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) publica texto do assessor parlamentar e jornalista Marcos Verlaine sobre o tema. Ele escreve: “Num quadro de recessão aguda, beirando a depressão, essa medida não vai resolver o problema do endividamento e empobrecimento das famílias, mas poderá atenuar minimamente o quadro caótico. Seria importante se os Sindicatos pudessem ajudar, orientando os desempregados que se enquadram nos critérios definidos pela MP para que possam diminuir o calvário até o saque na conta inativa”.

Mais informações: www.caixa.gov.br

Fonte: Agência Sindical

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