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Centrais põem fim à lua de mel com Temer e ameaçam fazer greve geral

Dirigentes citam paralisação de fábricas como alternativa caso reforma da Previdência ou Trabalhista tirem direitos dos trabalhadores

As principais centrais sindicais do país apresentaram um documento, ontem, em que se manifestam contra as mudanças sinalizadas pelo governo do presidente interino, Michel Temer (PMDB). Até mesmo um dos principais apoiadores do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o presidente da Força Sindical e deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD), o Paulinho da Força, subiu o tom contra a sinalização da administração Temer de implantar uma idade mínima para a aposentadoria e a ameaça de alterações nas leis trabalhistas.

“Nós, trabalhadores, não estamos dispostos a pagar sozinhos pela crise”, disse o dirigente sindical. Ontem pela manhã, ele e os presidentes da CUT, UGT,CTB, Nova Central e CSB assinaram um documento pela manutenção dos direitos dos trabalhadores e o retorno da empregabilidade. No próximo dia 16, as centrais farão atos em todas as capitais do país e ameaçam uma greve geral caso algum direito dos trabalhadores seja retirado.

Apesar do tom crítico, Paulinho da Força negou que tenha rompido como governo Temer e disse acreditar ser possível que se façam boas mudanças para o país nessa administração. Porém, em meio à plenária, ao citar a reforma trabalhista que pode sobrepor as convenções coletivas à CLT, chegou a dizer que “um governo interino, um governo que não foi eleito, está sujeito a uma greve geral”.

Segundo Paulinho, a grande base governista no Congresso pode votar a favor dos patrões, representando perdas para os trabalhadores.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que “uma greve geral é um instrumento legítimo dos trabalhadores para protestarem contra alterações que as centrais consideram arbitrárias” e destacou a unificação dos movimentos. “O que estamos trazendo é o consenso. O que nos deixa unificados é não mexer na CLT, na jornada de trabalho”,declarou.

Reaproximação
Desde o começo da gestão Temer, a CUTe a CTB ficaram de fora das rodadas de negociação sobre a reforma da Previdência. Vagner afirma que, enquanto não houver uma resolução sobre o impeachment, a CUT não negociará com o governo.

Em resposta ao encontro sindical, o Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, convidou todas as centrais para uma reunião, amanhã, em Brasília.

Em nota, a pasta afirmou que a proposta é uma modernização da legislação trabalhista. “Buscamos um formato que prestigie a negociação coletiva no que diz respeito a salário e jornada.”

Fonte: Diário de S.Paulo

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