Artigos de menuUltimas notícias

Conheça profissões que deverão se tornar tendências para 2019

Profissões que há uma década nem existiam, hoje são as mais procuradas por grande parte das empresas brasileiras.

Os rápidos avanços da tecnologia e da era digital foram fatores fundamentais para a transformação do mercado de trabalho, exigindo adaptação dos profissionais mais antigos e dos que acabaram de iniciar carreira no universo corporativo.

De acordo com Paulo Takashi Taneda, professor de Administração da FGV (Fundação Getulio Vargas) Strong, são quatro os cargos que poderão estar em alta no próximo ano: cientista e engenheiro de dados, analista de mídias digitais e business partner. “São ocupações cuja demanda pelo mercado tem crescido devido à informatização de processos e a mudança nos modos de produção”, explica. “As empresas procuram cada vez mais por profissionais que saibam interpretar as informações que inundam o dia a dia do mercado.”

Dados da 11ª edição do Guia Salarial da empresa de recrutamento e seleção Robert Half, que possui unidade em São Bernardo, mostram ainda que mais uma profissão poderá ser tendência em 2019: o diretor financeiro. Considerando só o Grande ABC, comprador da área de engenharia, gerente de RH e analista de marketing, além de profissionais de finanças e contabilidade, também estarão em alta.

Cada um dos cargos exige formações e habilidades diferentes. O cientista e o engenheiro de dados, que devem pensar em aumentar a rentabilidade da empresa, são responsáveis por analisar a grande quantidade de informações disponíveis, propor soluções diferenciadas, estratégias de negócios e inovações tecnológicas, por exemplo. Eles precisam ser graduados em Ciência ou Engenharia da Computação, Matemática, Estatística ou áreas correlatas. É essencial que esse profissional tenha, além dos conhecimentos técnicos, capacidade de utilizar algoritmos, modelos matemáticos e machine learning, bem como analisar big data (excesso de dados armazenados). A faixa salarial desse cargo varia entre R$ 6.000 e R$ 15 mil.

Já o analista de mídias digitais, encarregado de gerenciar as redes sociais da empresa, como Facebook, Instagram, Twitter, site e blog, tem de entender de monitoramento e análise, compreender o comportamento do consumidor, dominar o planejamento estratégico, web analytics e as estratégias focadas em marketing de busca, além de, claro, saber utilizar as redes sociais. Esta pessoa deve ser formada em Marketing, Publicidade e Propaganda, Comunicação Social ou possuir graduação em outra área, porém, com especialização em marketing digital. O salário varia entre R$ 2.000 e R$ 7.000.

A assistente de mídias digitais Gabriela Reis, 22 anos, pretende construir carreira na área e pontua a importância da profissão. “É um mercado que está em alta. Cada vez mais as empresas querem espaço na internet para vender e divulgar seus produtos ou serviços, até mesmo as de pequeno porte.”

O especialista em marketing estratégico Renato Naciff explica o motivo pelo qual isso vem acontecendo. “Nos últimos três anos, o Facebook atingiu 50 milhões de usuários e o Instagram precisou apenas dos últimos dois anos para alcançar o mesmo número. Portanto, a presença massiva da rede na vida dos consumidores obrigou as empresas a participarem dessa ‘onda’ digital.”

Outra ocupação que estará em evidência em 2019 é o business partner. Para desenvolver as funções deste cargo a pessoa deve ter Ensino Superior completo em Administração, Pedagogia, Psicologia, Economia ou Engenharia de Produção; e entender profundamente os processos de gestão de pessoas e todas as operações realizadas pela empresa. O profissional precisa também criar estratégias de recursos humanos e definir os padrões de cultura e valores organizacionais. A remuneração varia de R$ 13 mil a R$ 26 mil.

Por fim, aparece na lista o diretor financeiro, também conhecido como CFO (Chief Financial Office). Ele atua no departamento financeiro da organização e tem inúmeras responsabilidades. Gerenciar as áreas contábil e financeira, desenvolver o planejamento financeiro da empresa e analisar os riscos do negócio são as principais atividades deste especialista, que deve ser graduado nos cursos de Economia, Engenharia ou Administração. Além dos conhecimentos específicos, o diretor financeiro deve ter visão de negócio, dinamismo, boa comunicação, capacidade de influenciar outras pessoas positivamente e ter domínio de dois ou mais idiomas. Por conta da grande demanda de trabalho, a faixa salarial está entre R$ 18 mil e R$ 80 mil.

Na região, as chances voltam ao setor automotivo
No Grande ABC, Maria Sartori, gerente sênior de recrutamento da Robert Half, destaca que a indústria, em especial setores automotivo e de máquinas e equipamentos, deve ditar a melhora econômica. “Os projetos que ficaram parados no período de instabilidade começam a sair da gaveta e estimulam as contratações em toda a região, impactando não apenas esses dois mercados como toda a economia. Entre as posições em alta nesse processo de retomada, podemos destacar as de compradores, da área financeira (contábil e fiscal), recursos humanos com atuação generalista e vendas com foco em abertura de novos mercados.”

Independentemente do valor da remuneração ou dos requisitos exigidos para cada vaga, Maria diz ser necessário avaliar a aptidão para desempenhar determinada tarefa. “Antes de decidir qual profissão seguir, a pessoa deve descobrir quais são suas preferências e pelo que se sente mais atraída, para, posteriormente, analisar a questão da empregabilidade e faixa salarial.”

Ela salienta ainda que o profissional tem de ver se seu perfil é compatível com o da organização, ao entender a fundo a cultura da empresa que se deseja trabalhar.

Fonte: Diário do Grande ABC

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.