Consultor vê País normalizado e Lula mais forte
O ambiente nacional está mais calmo. A economia vai bem. As relações entre Executivo e Legislativo avançaram. E as condições para o diálogo e reformas voltaram ao padrão da normalidade.
Esse quadro é descrito por Antônio Augusto de Queiroz. Jornalista, escritor, ex-diretor do Diap e consultor político, Toninho, há décadas, respira Brasília 24 horas por dia, transita no Congresso e dialoga com praticamente todas as forças políticas.
Na quinta (11), ele conversou com a Agência Sindical. Principais trechos:
Conjuntura – “Os indicadores de crescimento do PIB, renda, melhoria na arrecadação, além da queda na inflação e juros, em algum momento iriam se refletir na avaliação do Presidente da República, como mostram recentes pesquisas”.
Tropeços – “O governo cometeu tropeços e a mídia carregou nas tintas, passando a impressão de que o comando político havia perdido o rumo. Houve também todo aquele ruído em torno da questão do Banco Central. Mas agora a normalidade está restabelecida”.
Economia – “O crescimento no primeiro ano do governo Lula dependeu muito do agronegócio. Esse setor gera superávit, mas gera pouca arrecadação e não distribui renda. Porém, outros segmentos ganharam força e estão mais atuantes”.
Oposição – “Crescimento do PIB, aumento do emprego, melhora na renda e controle da inflação deixaram os oposicionistas sem discurso. O escândalo bolsonarista dos relógios e joias coloca o segmento na defensiva. Há um cansaço quanto àquele falatório”.
Eleições – “A persistir esse quadro, o governo e seus aliados ganham força eleitoral – já a oposição mais agressiva recua. Uma vitória aqui ou uma derrota ali não mostrará o quadro inteiro pós-eleição. Será preciso fazer o balanço real”.
Lira – “O presidente da Câmara já não tem a mesma força, pois precisa conduzir uma sucessão negociada. Tende a uma posição mais equilibrada. Em seu Estado de origem, Lira ficou isolado e até dependente do governo”.
Progressistas – “A unidade sempre produz resultados, que podem gerar avanços. Cabe também potencializar as realizações do governo, dialogar com setores da oposição. A eleição na França é um exemplo”.
Mercado – “Esse ente é movido a expectativas. Mas, com as reformas e os ânimos acomodados, a tendência é de estabilidade, gerando um ambiente propício aos negócios. Tem muita multinacional querendo investir mais no Brasil”.
Sindicalismo – “Deve ser ativo no empenho de regulamentar por lei o custeio. Tem aí uma janela aberta com a ausência temporária do senador Rogério Marinho. A garantia do custeio dará mais condições de mobilização ao sindicalismo”.
Fonte: Agência Sindical